Crer que algo vá mudar com a troca da guarda na presidência dos EUA sempre foi a maior roubada. Quem manda é o stablishment, pouco importando as características do seu serviçal da vez na Casa Branca.
John Kennedy, p. ex., nem de longe pode ser considerado a pomba que dele fizeram, embora assassinado por falcões.
Deu sinal verde para a invasão da Baía dos Porcos em abril/1961, mas refugou quando o show já começara. Deixou de fornecer a prometida cobertura aérea para o desembarque dos gusanos e estes foram facilmente dominados.
Mas, não fez objeção nenhuma a que exilados cubanos utilizassem o território dos EUA para prepararem uma incursão armada contra seu país, nem descartou o apoio intervencionista a tal empreitada.
Foi só na enésima hora que reconsiderou, preferindo evitar um comprometimento tão ostensivo com a agressão a uma nação soberana sem ter-lhe declarado guerra.
Resultado: o mundo inteiro ficou sabendo, da mesmíssima maneira, que os EUA estavam acumpliciados com a invasão. E esta fracassou rotundamente.
Depois que John e Robert Kennedy foram assassinados por ultradireitistas hidrófobos, houve quem os tentasse erigir em grandes democratas.