Ser ou não ser competente

Outro dia, assistia, pela televisão, a dois políticos carreiristas serem entrevistados: Roberto Requião (PR) e Ciro Gomes (CE). E, coincidentemente, ali estavam reunidos duas figuras que representam o que há de mais autoritário no cenário político nacional. A única diferença substantiva, observada entre ambos, está na conceituação do que seja moralidade pública. Enquanto o senhor Ciro Gomes abriu mão da prebenda vitalícia de ex-governador, o impoluto senador Requião continua a desfrutar da imoralidade.

Pois bem, abordando o cenário político nacional, os entrevistados falavam como se tivessem a solução para resolver os grandes problemas brasileiros, só que em suas gestões administrativas estaduais, os resultados não guardaram conformidade com a eloquência de suas exposições. Esses são os políticos oportunistas com os quais nos deparamos há muito tempo no Brasil. Políticos da velha-guarda, com “fórmulas fáceis”, que só estão interessados nas luzes da ribalta do poder.

Roberto Requião, com a sua empáfia de valentão, muito se assemelha ao ex-governador cearense. Só que de útil, até agora, ambos nada legaram de positivo ao país. Na última década, principalmente entre 2003 e 2010, período em que o senador Requião, do PMDB, governou o Paraná, Curitiba experimentou um fracasso em matéria de política de segurança pública. “Sua administração foi uma incompetência brutal em termos administrativos e gerenciais no tema da segurança pública”, diz o sociólogo Pedro Bodê, coordenador do Centro de Estudos Humanos da Universidade Federal do Paraná. Com opinião idêntica manifestou-se o ex-governador paranaense Jaime Lerner, três vezes prefeito de Curitiba e responsável por muitas das obras que tornaram a cidade uma referência em urbanismo: “Houve uma omissão do poder estadual, refletida na falta de investimento na área de segurança e em um governo autoritário e arrogante”.

A cidade que era um modelo de urbanização foi espremida por uma periferia abandonada à própria sorte e se tornou uma das mais violentas do Brasil, segundo a revista Veja. Hoje, Curitiba está classificada, conforme o Instituto Sangari, que realiza esse levantamento desde 1998, na 6ª posição no ranking das capitais com maiores índices de homicídios. Ser ou não ser competente, eis a questão, senhores governantes!

Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
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