Com exceção daqueles fiéis políticos ao exercício de mandatos, os demais oportunistas, dribladores de suas funções legislativas, representam o lado corrupto da política brasileira. Corrupto, sim, com todas as letras, pois a abrangência do termo compreende também aqueles que têm atitudes viciadas e agem errado com o seu eleitor ao enganá-lo por trocar o parlamento, para o qual foi eleito, por ocupações de cargos nos governos. Trata-se do viciado, no jargão popular, "estelionato eleitoral", e funciona como um "cheque sem fundo" passado pelo político ao eleitor, o qual é sistematicamente enganado por políticos solertes, inescrupulosos, infiéis, que depois de eleitos, dão uma banana ao eleitor.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC