Ato do movimento negro em SP alusivo a 13 de Maio: racialismo, sectarismo e poucas reivindicações corretas

Realizar-se-á no centro da capital paulista, em frente ao Teatro Municipal, nesta 6ª feira, 13 de Maio, um ato político que será promovido por movimentos negros e aliados adeptos do racialismo (a ideologia e ou crença fundamentalistas na existência de ‘raças' entre os seres da espécie humana). A data oficial de 13 de maio para tais promotores do evento é considerada o ‘Dia Nacional de Denúncia do Racismo'. Já o texto por eles redigido para o ato desta 6ª feira é intitulado ‘Negros e negras de luto e de luta'. Nele, o mencionado racialismo se confunde com sectarismo, aos quais se imiscuem poucas reivindicações corretas. Inclusive, porque não levo em consideração o pleonasmo "relacionando a relação entre negros e brancos".
Até porque, concordo o deputado nazi-fascista consequentemente racista Jair Bolsonaro (PP-RJ) deve ter mesmo o mandado cassado por quebra de decoro parlamentar, pois, ele vilipendiou pela TV a trabalhadora (intérprete e atriz) negra Preta Gil. Foi isto o que na oportunidade manifestei. Assim, o texto faz um correto diagnóstico da violência policial que vitima de forma genocida o segmento negro do povo trabalhador, mais precisamente os jovens. No entanto, conforme ensinou Lênin (1870-1924) conteúdo e forma têm o mesmo valor. Daí, ser sectarismo e oportunismo o ataque feito ao Estado Brasileiro, porque um movimento negro signatário do texto que autoproclama ser unificado, é um valhacouto de cooptados.
A equivocada conjugação de imiscuir racialismo e sectarismo do texto ‘Negros e negras de luto e de luta' ficam patenteados na defesa fundamentalista feita pelos signatários quando mencionam "o avanço de políticas públicas e de reparações para o povo negro brasileiro sofrem no STF a tentativa de derrotar a política de cotas (‘raciais' para negros e indígenas) nas universidades". Em outras palavras, os signatários de tal texto fogem como o diabo foge da cruz em relação a esta célebre frase "Racismo e capitalismo são os dois lados de uma mesma moeda". Afinal é o ensinamento do maior herói negro mundial, o Mártir da Consciência Negra, o sindicalista e líder socialista sul-africano Stephen-Steve Bantu Biko (1946-1977).
Então, apesar da data de 13 de Maio ser oficial e se referir a um fato da História nacional, não é por isto que não deva apresentar as reivindicações internacionais. Haja vista, tanto a ideologia opressiva baseada na dominação via-diferenciação étnico-racial (racismo) quanto o sistema político-econômico baseado na pior opressão que é a de classe social (capitalismo) o são. Por isso, além das poucas e corretas reivindicações nacionais apresentadas pelos signatários do mencionado texto, nós do Movimento Negro Socialista (MNS) fundado no I Encontro Nacional realizado em São Paulo (SP) no dia 13 de maio de 2006, reafirmamos nossas reivindicações nacionais e internacionais, que são as seguintes:
Reforma urbana e a Agrária já, esta através do imediato assentamento de 350 mil famílias de Sem-terras acrescido a titulação às remanescentes em quilombos, bibliotecas, creches, escolas inclusas as técnicas profissionalizantes e universidades públicas, gratuitas e de excelência na qualidade para todos e todas. Idem a tudo relacionado à Saúde inclusa a epidemia social de anemia falciforme. Aplicação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 respectivamente História (que é a história da luta de classes) & cultura afro-brasileira e a indígena nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e do médio ministradas por graduados professores de todas as correntes do pensamento didático-pedagógico ministrando os cursos de capacitação dos professores.
Que a Lei 7716/1989 (Caó) de combate ao racismo seja aperfeiçoada, obrigando as delegacias da Polícia Civil e da Polícia Federal a se infra-estruturarem de um setor especializado de registro do boletim de ocorrência atinente contando no mínimo com advogado, antropólogo e sociólogo. Outra ajuda humanitária que não a ocupação militar do Haiti exemplificada na farsante MINUSTAH da ONU acarretando no imediato retorno das tropas aos países de origem a começar pela brasileira que as comandam, liberdade para o jornalista e militante anti-racista o negro estadunidense Mumia Amul Jamal que se encontra há anos injustamente preso e na fila de execução de pena de morte. Por fim, um Tribunal Mundial Autônomo para julgar e punir exemplarmente os crimes de lesa humanidade, dentre os quais, os que ocorrem no Haiti e em diversos países e diferentes regiões do continente africano.

*jornalista - é militante do MNS onde integra a coordenação nacional.
publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS