Afinados, o ex-presidente Lula e o senador petista fluminense querem o PT a serviço da burguesia

O ex-presidente Lula e o senador petista fluminense Lindberg Faria demonstraram recentemente que são sectários defensores da política de conciliação com a burguesia praticada pela quase totalidade das direções do PT nos níveis nacional, estadual e municipal. Primeiro foi o senador dia 17 de abril passado quando concedeu ao jornal burguês carioca O Dia, entrevista exclusiva. Nela, o parlamentar petista disse que ‘sente' a maior parte do PT defendendo apoio à reeleição em 2012 do alcaide da Cidade Maravilhosa, o burguês Eduardo Paes (PMDB). Mais:
O pequeno-aburguesado senador foi além ao dizer que, hoje, por ser militante fundador petista, o vereador carioca Adilson Pires é o favorito para ser vice.
Em outro ponto importante da entrevista o senador se assumiu como um parlamentar pequeno-aburguesado, isto é, que se dispõe a conciliar a divisão de classes sociais existente na sociedade. Para tanto, o senador que preside a Subcomissão permanente de Assuntos Sociais das pessoas portadoras de Deficiência, afirmou ter a pretensão de ser o parlamentar de junção das partes. Ele afirmou que não quer ficar só no debate sobre leis, mas sim fazer coisas concretas sobre a questão da inclusão social das pessoas portadoras de deficiência, que, segundo o parlamentar, são 14 % da população brasileira. O senador falou também sobre as perspectivas sucessórias em 2014 no governo federal e no fluminense.
Então, afirmando que pretende ser um bom senador para credenciar-se como candidato a governador fluminense em 2014 sucedendo o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), o parlamentar petista falou a respeito disto e fez um desdobramento acerca da manutenção da aliança nacional entre o PT e o PMDB. De acordo com o senador petista fluminense, o governador é o melhor nome para ser o candidato a vice-presidente em
2014 tanto da presidenta Dilma quanto hipoteticamente do ex-presidente Lula. Isso, porque o governador fluminense é mais conhecido nacionalmente, tendo mais votos que o atual vice da presidenta Dilma, o peemedebista Michel Temer.
Por sua vez, o ex-presidente Lula dia 19 de abril passado em Osasco
(SP) no Encontro com prefeitos e vices petistas de cidades paulistas declarou "o PT terá que ampliar seu campo político, o arco de alianças e diálogo no Estado de SP, se quiser ganhar as eleições - o ‘ideal' é que todos os aliados tenham vice como o meu saudoso vice-presidente José de Alencar". O que significa o PT, eleitoreira e equivocadamente, passar a crer na ilusão de que isto lhe garantirá ganhar as eleições.
Tão equivocada quanto às declarações do ex-presidente Lula é a subserviência às suas idéias colaboracionistas com a burguesia, feitas pelo presidente do PT paulista o deputado estadual Edinho Silva, em entrevista coletiva à imprensa.
Nela, o subserviente presidente petista paulista como ventríloquo disse que no Encontro com prefeitos, vices, parlamentares e dirigentes o ex-presidente Lula afirmou que o PT está necessitando dialogar com os setores médios da sociedade paulista, cujo objetivo é o projeto político de obter a vitória nas eleições paulistanas em 2012. O presidente do PT paulista afirmou que por causa da mudança sócio-econômica ocorrida no Brasil a partir da era Lula, que se reflete em SP, ele concorda com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quando - em artigo publicado na revista Interesse Nacional - FHC disse que a ‘classe' média não é apenas uma definição econômica, mas, também cultural.
O presidente do PT paulista disse "É necessário entender a formação cultural, as aspirações e o imaginário da nova classe média emergente da era Lula, principalmente a dos bairros periféricos - é preciso que o PT dialogue com este setor tradicionalmente eleitor petista por causa de suas políticas sociais - mas que pode ser cooptado pelos setores políticos conservadores nele interessado devido à sua emergência econômica na era Lula - enfim o PT precisa estar atento ao perfil desse novo setor, identificar sua produção de cultura, interagir e ajudar na formação de valores como a solidariedade, a sensibilidade social para reivindicações como a de inclusão social e desenvolvimento sustentável, que são valores progressistas"; concluiu.
O senador petista fluminense e o presidente do PT paulista estão afinados com o velho conceito da inexorabilidade histórica da sociedade capitalista. Isto é, da sociedade dividida em classes sociais. Tal velho conceito de fundo stalinista é adotado pelo ex-presidente Lula desde o V Encontro Nacional do PT em 1987. Na oportunidade, a tese aprovada foi a do então secretário geral nacional petista Zé Dirceu, denominada como a tese da acumulação de forças. Ou seja, o PT enquanto partido do povo trabalhador abre mão da independência de classe, se alia a partidos populistas, pequeno-burgueses e mesmo burgueses. Tudo, em nome da acumulação de forças, para ganhar as eleições e governar muito mais para a burguesia!
*jornalista - militante da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM) que é corrente intra PT onde integra o diretório municipal em Macaé (RJ).
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