São desfavoráveis ao povo trabalhador as perspectivas das eleições 2012 em Macaé (RJ)

É isto que ocorre na conjuntura política da Eterna Princesinha do Atlântico a atual capital brasileira do petróleo, o município de Macaé. Para esta conclusão nem é preciso grande esforço de análise.

Porque é mais que longínquo o tempo no período pré-64 quando surgiu o folclore de que Macaé seria uma espécie de Moscouzinho ou pequena Cuba, em alusão a uma inverossímil hegemonia ‘comunista' na então vanguarda do povo trabalhador local - a categoria dos ferroviários.
Nesta época, no mundo inteiro, os partidos comunistas (PCs) eram adeptos da tese de Josef Stalin (1879-1953) de abrir mão da independência de classe do povo trabalhador, para apoiar um burguês bom.

Isso à época em Macaé sempre foi praticado. O que acabou contribuindo para que na oposição burguesa à ditadura militar-fascista (MDB posteriormente PMDB) erigisse nos anos 70 a burguesa oligarquia que domina a política local há 34 anos. Em meio a isso durante os anos de chumbo nasceu em 1980 no Brasil o PT - um partido político classista, de massas e de militantes. Isto é, um opositor com independência classe à ditadura militar-fascista, ao capitalismo mesmo que dourado de social democracia e alternativo ao ‘socialismo' . Porém, tais princípios petistas duraram pouco, foram descaracterizados em 1987 no 5º Encontro nacional do PT, pela tese aprovada da acumulação de forças.

Tendo como autor Zé Dirceu e avalista o ex-presidente Lula, respectivamente os então secretário geral e presidente petistas, a tese da acumulação de forças tem como significado o que o PT passou a praticar. Ou seja, a política pragmática abrir mão da independência de classe, passando a se aliar a partidos populistas e ou pequeno-burgueses, para chegar mais rápido ao governo federal através das alianças democrático-populares. Isso foi gradativamente praticado pela direção nacional petista até que em 2002, o PT chegou ao Planalto tendo como vice do presidente Lula, o honrado burguês José Alencar.
Exitoso tal governo de coalizão com a burguesia em 2006 reelegeu o presidente Lula.

Mais que isso: Aproveitando sua popularidade o presidente Lula primeiro impôs ao PT como candidata à sua sucessão a então ministra Dilma Rousseff. Depois impôs à subserviente direção nacional petista, a ampliação da aliança com os partidos da burguesia, trazendo para a base aliada o maior partido burguês brasileiro, o PMDB. Para tanto, o burguês deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) tornou-se o vice da eleita presidenta Dilma Rousseff, a qual o presidente Lula deu a maior força. Assim, reflexo da ausência nacional da independência de classe, em Macaé desde 1996 o PT faz isso, a ponto de sua parcela fisiológica em 2007 ter-se locupletado ao ganhar cargos na administração oligárquico-burguesa municipal.
Fim do domínio da oligarquia fará a burguesia tentar enganar o povo trabalhador, fingindo-se dividida.
Conforme ensinou o filósofo Karl Marx (1818-1883) "A História se repete como farsa, tragédia ou ambas". Isto significa: Em Macaé a última vez que o povo trabalhador teve a oportunidade de votar com independência de classe ante o fingimento de divisão da burguesa oligarquia local ocorreu em 1988. Na oportunidade, o partido do povo trabalhador (o PT) mesmo isolado foi coerente disputando as eleições municipais com candidatura própria e independência de classe frente às duas fingidas candidaturas divididas da burguesa oligarquia macaense.
Isto é, a do empresário Sylvio Lopes Teixeira (PL, PMDB, PFL e outros) e a do médico privatista Carlos Emir Mussi (PDT, PC do B, PCB o atual PPS, PSB e PV).

Aquela eleição foi vencida pelo empresário Lopes, que, por sinal, venceria outras duas vezes, em 1996 e 2000 quando se reelegeu para o terceiro mandato na Chefia do Executivo Macaense. Isso sem contar que ele, enquanto suplente, chegou a assumir o mandato de deputado federal tucano entre 1995 e 1996. Assim, de lá para cá, nas eleições de 2004 e
2008 o continuísmo oligárquico burguês é praticado pelo atual alcaide macaense, Riverton Mussi, inicialmente pelo PSDB e depois pelo PMDB.
Registre-se nas eleições de 2000, 2004, e 2008 a História se repetiu.
Isto é, a burguesia fingiu-se dividida: Em 2000 o fingido oposicionista foi Paulo Lessa, em 2004 a vez foi de Fred Koller, que arrastou o PT através de sua parcela fisiológica.

Sobre 2008, já disse, desde 2007 a parcela fisiológica petista locupleta-se com cargos na prefeitura, tendo inclusive emplacado a vice-prefeita. Ela ambiciona ser candidata a prefeita em 2012. Porém, ela e o alcaide Mussi estão cassados em 1ª instância, o que os tornam inelegíveis. Além do que, ele não pode reeleger-se mais. Então, se isto não for revertido, ela será carta fora do baralho. Sobram, ou seja, são postulantes de candidatos a prefeito, fingindo divisão da
burguesia: Pela oposição o deputado federal Aluizio Santos Júnior (PV). Pela situação o deputado estadual licenciado e Secretário Estadual de Agricultura Cristino Áureo (PMN) e o presidente do Legislativo Macaense, o vereador Paulo Antunes (PMDB).

Tendo perdido a eleição de prefeito por muito pouco em 2008 e envaidecido por esmagadora votação local contra o deputado federal o burguês e oligarca macaense Adrian Mussi (PMDB) o parlamentar verde é apontado como bola da vez na eleição para Chefe do Executivo Macaense em 2012. Contribui para isto a equivocada parcela autoproclamada ‘esquerda' petista, que desde a eleição de 2008 o apóia. Isto explica o fato do vereador petista declarar-se honrosamente o único edil macaense oposicionista, corretamente reivindicar a regularização da ilegal acumulação do cargo de Secretário Municipal de Educação com a função de presidente do PT local. Mas com ele reunir-se, não na sede do PT e, sim na prefeitura.

Em outras palavras, o vereador petista ainda não pôs o nome publicamente à disposição do PT como postulante de candidato a prefeito. Sendo um dos líderes da ‘esquerda' petista, junto com tal parcela demonstram que querem deixar tudo como está, apostando em cargos no Executivo Macaense em 2013, quiçá de vice-prefeito.

*jornalista - militante da Esquerda Marxista corrente intra PT onde é membro do diretório municipal em Macaé (RJ).

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