No início dos anos 80, como conseqüência de uma cisão no Comitê Paritário (CP) da Quarta Internacional fundada em 1938 sob a liderança de Trotsky (1879-1940), por não aceitar o apoio da IV então dirigida pelo francês Lambert ao governo do compatriota Mitterrand, Moreno passou a defender a FU revolucionária ou dos revolucionários que ele considerava ‘mais revolucionária' que a FU operária ensinada por Lênin (1870-1924) e Trotsky. Assim, Moreno à época bradou "A frente única revolucionária deve ser a unidade dos lutadores revolucionários e, não, de todos que lutam sob outras bandeiras". Esta bravata é do manifesto de fundação da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT) durante seu 1º Congresso em 1985.
Para não me alongar, basta tomar conhecimento do sectarismo ultra-esquerdista que é assumido pelos morenistas da Conlutas, quando são provocados neste sentido. Em outras palavras, os morenistas da Conlutas não negam que o propósito estratégico deles é a destruição da Central Única dos Trabalhadores (CUT) da qual desertaram nos anos 90, depois de terem sido fundadores cutistas em 1983. Daí a ressalva que faço caso a entidade CSP-Conlutas tenha sido indevidamente incluída na convocatória para a Plenária dos Movimentos Sociais cuja primeira reunião foi marcada para 4ª feira, dia 16 de março, na sede do Sindipetro-RJ. O que me leva a explicar também o que propugno enquanto marxista acerca de uma FU antiimperialista.
Como marxista propugno uma frente única operária, isto é, uma política de construção da unidade da classe trabalhadora, consequentemente da unidade das organizações sindicais, dos movimentos sociais e das organizações políticas representativas do povo trabalhador. Ao mesmo tempo propugno que tais organizações rompam com a burguesia nacionalmente e, com o imperialismo internacionalmente. Por isto considero correta a Plenária Unificada dos Movimentos Sociais contra a presença no Brasil do presidente estadunidense. Em meio a isso, propugno que o governo da presidenta Dilma não prossiga com a permanência da tropa brasileira comandando a MINUSTAH por ser uma intervenção militar internacional no Haiti.
O povo haitiano merece a autodeterminação, nela inclusa o fim da MINUSTAH patrocinada pela ONU com o retorno das tropas internacionais de ocupação militar naquele país, a começar pela brasileira que a comandam. Afinal trata-se de uma submissão ao imperialismo estadunidense desde 2004 quando assim exigiu o então nada-saudoso presidente Bush. A ajuda humanitária e a conseqüente solução dos problemas do Haiti passam por um Tribunal Mundial Independente que julgue e puna os crimes de lesa humanidade que ali são cometidos, assim como em diferentes países e regiões do continente africano e do mundo árabe. Afinal, isso foi dito na convocatória da 1ª reunião nesta 4ª feira, dia 16 de março, da Plenária Unificada dos Movimentos Sociais marcada para sede do Sindipetro-RJ, que é filiado à CUT .
*jornalista - é militante da Esquerda Marxista, corrente intra PT onde é membro do diretório municipal em Macaé.