DA DEMOCRACIA, DA REPÚBLICA E DO GOVERNO OPERÁRIO DO PRESIDENTE LULA, O BRASIL REASSUME A REALIDADE
DA FOME E DA MISÉRIA, DAS DESGRAÇAS ANUNCIADAS E DA
CONTINUIDADE DO PROCESSO DE SELEÇÃO NATURAL.
MORTE AOS FRACOS E EXCLUÍDOS
Nunca imaginei viver para assistir o absurdo nível de animalização da raça humana, da perda total consciência, da incapacidade reconhecer, aceitar e praticar os mandamentos éticos.
Alheios e indiferentes aos flagelos anunciados para o final de 2010, os déspotas que comandam os destinos da nação reuniram-se em eventos festivos para comemorarem coletiva e entusiasticamente os resultados das suas ações criminosas, principalmente, o desvio e a apropriação indébita de verbas públicas.
A extensa programação foi caracterizada pela imagem de uma "Confraternização dos Inocentes", com direito a atos públicos de recondução ao poder, cercados de honras, homenagens e o perdão oficial da nova imperatriz, de dezenas de denunciados e indiciados por crimes hediondos praticados contra o Estado brasileiro e contra o povo, os mais nefastos personagens da recente história do País.
SURDOS, CEGOS E MUDOS
Nos seus porres de ambições foram incapazes de ouvirem, enxergarem e responder aos apelos dos milhares de inocentes vítimas da maior de todas as catástrofes climáticas já ocorridas no País.
Não tomaram conhecimento dos corpos arrastados pelas enchentes, da destruição do humilde patrimônio que sobreviventes da exclusão social conseguiram conquistar ao longo das suas vidas miseráveis.
Estavam por demais ocupados no planejamento dos crimes futuros, começando pelo aumento das próprias remunerações oficiais oferecidas pelo exercício dos cargos generosamente distribuídos pela República, passando pela expansão dos meios utilizados para garantir a renda familiar.
O aumento dos salários de senadores e deputados federais produziu de imediato o chamado efeito dominó, beneficiando os demais políticos com mandatos nos poderes Executivos e Legislativos, estaduais e municipais, do Brasil inteiro.
Ao votar não elegemos somente um agente político, arrastamos para os mandatos os familiares, os e as amantes, os amigos, os cabos eleitorais, os afilhados indicados pelos patrocinadores de campanha.
O principal problema da nova presidenta Dilma é, justamente, encontrar cabide vago, ou criar novos cabides para pendurar todos os indicados a ocupação de cargos públicos reclamados pelos seus aliados de campanha.
Não somente isso, mas também, passamos procuração para o aumento do número de cargos para abrigar antigos e novos companheiros não premiados no processo eleitoral anterior.
Isso vai acontecer nas próximas eleições municipais. Em 2012 o povo vai pagar o salário de mais alguns milhares de vereadores, dos novos "aspones", que são os assessores de por... nenhuma, verbas de gabinete, contas de celulares, aluguel de veículos, combustível, diárias, viagens de turismo, promoção de orgias em hotéis cinco estrelas.
Ao apagar das luzes, aumentaram ainda em mais R$ 100 mi o repasse para o Fundo Partidário, dinheiro do povo empregado para financiamento de campanhas eleitorais.
E A DIGNIDADE DOS TRABALHADORES E APOSENTADOS?
Essas podem ser encontradas refletidas no valor e nas correções do salário mínimo e aposentadorias.
Ao mesmo tempo, paradoxalmente, o deputado federal Alvaro Dias dá um exemplo para onde vai o dinheiro que falta para fazer justiça ao proletariado.
Politicamente correto, o parlamentar está requerendo o recebimento de R$ 5 mi, isso mesmo, cinco milhões de reais, alegando direito de pensão vitalícia por ter exercido um mandato de quatro anos como governador.
Acreditem isso é verdade. Muitos outros ex-governadores já recebem o mesmo benefício reclamado.
Descoberto pela imprensa Alvaro Dias nem ficou vermelho, convocando uma entrevista coletiva, disparou: "não reclamo esse direito para meu benefício, quero destinar o valor requerido para doá-lo a instituições de caridade".
O caridoso demonstra que não aprendeu nada das suas atribuições no exercício de mandatos eletivos. A doação governamental para essas entidades é prevista em Lei específica, e não raro, as beneficiárias são escolhidas pelos parlamentares de plantão. Também não é raro o recebimento de doações por entidades "fantasmas", que só existem no papel.
Recentemente, uma reportagem de televisão denunciou uma empresa prestadora de serviços que oferecia a venda dessas entidades por preços módicos.
GENOCÍDIO
Não me acovardo e continuarei denunciando os canalhas pelo crime continuado de genocídio.
Cinicamente, refeitos dos porres, retomando o conhecimento da realidade, assumem a responsabilidade pela tragédia, confessam publicamente que são culpados pela liberação, e muitas vezes, pelo incentivo dos sem teto, na ocupação de áreas de riscos.
Também confessam que nunca nenhum governante ao menos se preocupou em desenvolver qualquer projeto, programa ou obra para evitar essas tragédias.
Identifica-se nas confissões o crime de prevaricação, tipificado no Código Penal, no caso, servidor público que concorre por retardar ou deixar de cumprir dever de ofício.
Quem são esses servidores? Presidente, ministros, governadores, prefeitos, secretários estaduais e municipais dos setores responsáveis da administração pública.
Estarei mentindo ou me responsabilizando por denúncia inconsistente? Onde foram parar os recursos do fundo para habitação, do fundo para recuperação do SUS, originados na cobrança da CPMF, das montanhas de impostos incidentes sobre os jogos de loterias da Caixa, recolhidos diária e religiosamente de cada aposta?
Outro processo flagrante e transparente de genocídio é o número de mortes diárias nos hospitais públicos. Paciente morre por falta de leitos: por falta de ambulâncias para remoção, por falta de médicos, por erros ou negligência de profissionais, troca de diagnósticos e medicamentos.
São mortes acidentais? Tragédias? Nada disso, são crimes comuns, hediondos e conscientes. Se os responsáveis fossem levados aos tribunais e condenados na forma da Lei, tendo como exemplo os gestores das áreas em questão, os serviços públicos essenciais retomariam os trilhos do cumprimento das suas obrigações e deveres.
SEGURANÇA PÚBLICA
Hoje o Brasil se depara com uma guerra urbana que teve origem décadas atrás com o total abandono das populações carentes, expulsas das cidades para zonas de confinamento, abandonadas a própria sorte.
Assim nasceram os guetos. Os confinados não tinham como sobreviver, sem mercados de trabalho, assistência à saúde, acessos à educação, escolas, água potável, saneamento básico. Uma luta permanente pela sobrevivência, trocando a razão pelos instintos.
Esses são os motivos porque repito enfadonhamente que os agentes políticos, associados aos chefes dos cartéis econômicos e financeiros são também responsáveis pela criação dos zoológicos humanos, onde a única Lei é a do mais forte, do mais impiedoso. Lei da selva.
Dias atrás acompanhei outra reportagem produzida por uma emissora de televisão que denúncia o estado de miséria absoluta de uma dessas comunidades.
Três mil pessoas invadiram e ocuparam, como último recurso, uma zona pantanosa. Usaram princípios rudimentares de engenharia para realização do aterro da área, que foi feito com o recolhimento de milhares de toneladas de lixo, cansativa e pacientemente ensacadas em embalagens plásticas.
É possível que isso seja real? Pois não duvidem. É a miséria que eles não enxergam, oculta pela milionária publicidade dos governos que anunciam a erradicação da pobreza com a concessão das bolsas de esmolas sociais.
Sigo adiante. Esse processo de animalização humana é comprovado pelo número de "animais" considerados foragidos da justiça. Só em São Paulo existem mais de 150 mil.
No Espírito Santo dormem nas prateleiras do Tribunal de Justiça 14 mil processos de homicídios a espera que surja um "dedo-duro" que entregue as autoridades os autores dos crimes.
Oficialmente são 20 os assassinos de mulheres procurados pelos agentes de captura. No entanto, a cada semana aumentam as estatísticas e o número de novas vítimas.
A Secretaria de Segurança Pública também afirma estar investigando a existência de milícias e esquadrões de extermínio formados por policiais militares e civis.
Nos últimos dias, somente na região da grande Vitória, foram praticados, em três dias, onze assassinatos de menores envolvidos com o tráfico de drogas. Em apenas 40 minutos, num mesmo bairro, foram três as execuções.
No domingo, um tenente-coronel da PM, revoltado porque sua mulher não foi atendida quando, as 23h50min , por telefone, solicitou os serviços à domicílio de uma lanchonete, chegou ao estabelecimento cinco minutos depois, armado, e espancou brutalmente um funcionário da casa comercial, justificando a agressão porque policial tem que ser respeitado.
Só quem não merece respeito é o cidadão pacífico e trabalhador.
TEM POLÍTICO NA PARADA
Não é possível esconder o sol com a peneira. É público e notório o envolvimento de políticos com o tráfico de armas e de drogas, a criação de grupos particulares de segurança e extermínio, milícias, associação com as organizações que exploram jogos de azar e os proprietários de empresas "laranjas".
A recíproca, com raras exceções é verdadeira. Político protege bandido e bandido protege político. Lei do cão.
Também existem aqueles que vendem ou recebem propinas para dar proteção aos exploradores do trabalho escravo ou infantil, para os exploradores clandestinos de madeira, para contrabandistas e sonegadores de impostos e assim por diante.
A República legal não passa de uma casa de comércio, de um imenso balcão de negócios escusos.
Tudo que estou dizendo, além das minhas experiências profissionais com mais de 35 anos de cobertura jornalística, continua sendo noticiado rotineiramente pela mídia nacional mostrando a descoberta de novas quadrilhas, os mandantes de assassinatos como queima de arquivo, a prisão de servidores públicos, alguns dos escalões de elite dos poderes constituídos.
GOVERNO DO POVO
REFORMA POLÍTICA
Invoco o art. 1º, parágrafo único da Constituição da República Federativa do Brasil: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Portanto, os eleitos pelo processo eleitoral, que continuam discutindo com as instituições partidárias a quem pertence os mandatos, já deveriam saber que não passam de meros procuradores do povo, com atribuições, deveres e obrigações específicas e claramente definidas.
A maior e melhor garantia do fiel cumprimento de uma procuração é ter o outorgante o direito de revogá-la pela sua simples vontade, e mais ainda, quando houver descoberto e comprovado a conduta de ma fé do outorgado.
Sugerimos então que seja incluída na Constituição Federal uma PEC que proceda a imediata e automática cassação do mandato do procurador eleito que seja denunciado e indiciado pela autoridade competente em crimes contra o patrimônio público, crimes comuns e procedimentos incompatíveis com a ética exigida do cargo, independentemente de apreciação e julgamento pela Justiça. OS MANDATOS ELETIVOS PERTENCEM AO POVO.
Outra emenda constitucional improrrogável é a proibição das chamadas coligações partidárias, instrumento que permite reunir num só bloco gatos e ratos, envolvidos em alianças políticas simplesmente pela ambição de poder, dissociados por completo dos seus programas ideológicos e dos reais interesses da sociedade.
Essa tal coligação permite ainda que os grandes partidos políticos criem partidos menores para que sirvam de catadores de votos avulsos que serão somados como legenda das alianças e beneficiarão os caciques das instituições majoritárias.
O mesmo acontece em relação aos chamados cargos de confiança, de livre nomeação pelos eleitos. Devem ser extintos. Eleitor não vota em parente, amigo, ou amante de candidato.
Todas as administrações públicas no âmbito federal, estadual ou municipal são dotadas de quadros efetivos de pessoal técnico habilitado para prestar toda assessoria necessária aos agentes eleitos para desempenho das suas atividades.
Também é necessário revogar com a máxima urgência o privilégio concedido aos políticos de julgamento por Tribunais especiais, assim como, outro privilégio, de que políticos em exercício de mandatos só poderão ser levados a julgamento pela Justiça com autorizações dos poderes legislativos.
Bandido é bandido, não importa se branco, negro, mestiço, pobre ou rico, analfabeto ou possuidor de formação universitária, todos devem ser iguais perante a Lei.
A HISTÓRIA ADVERTE: TODO IMPÉRIO É AUTODESTRUTIVO
O IMPÉRIO DOS INOCENTES BRASILEIROS NÃO SERÁ PERENE
O BRASIL É UMA MOEDA DE DUAS FACES
O BRASIL LEGAL, PORÉM IMORAL
E O BRASIL REAL, PALCO DAS MISÉRIAS E TRAGÉDIAS
Paulo Carneiro
24/01/2011
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