O anúncio foi feito na quinta-feira passada, dia 16, nos Estados Unidos, pelo presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, João Carlos Saad, e por Donald Trump, o atual empresário que detêm os direitos desse (maior) concurso internacional de beleza do mundo, através da Miss Universe Organization, a entidade que possui atualmente, além dos direitos da organização do espetáculo, a sua transmissão televisiva e promoção. A decisão foi tomada após a assinatura do contrato de Nova York.
Cerca de 80 misses nacionais (dos variados países) disputarão junto com a (futura) Miss Brasil do ano de 2011, a coroa universal da beleza de 2011. Cada representante defenderá sua nação. As concorrentes participarão de uma rotina de atividades, pois serão reunidas em cerca de 1 mês antes do dia da final, na concentração, e enfrentarão ensaios de fotos e filmagens, além de marcarem presença em eventos, realizações e acontecimentos. Todas essas candidatas viajarão pelo Brasil à fora, por quase um mês, nessas atividades citadas, e que serão mostradas ao vivo pela imprensa. E o concurso permanece com as três tradicionais partes de avaliação, que são os desfiles em traje típico/banho/gala, além da entrevista, que é a etapa boa e fantástica para as misses exibirem todo o seu desembaraço e comunicabilidade, além de inteligência.
Na grande final da competição, a vencedora do Miss Universo 2010 passará o seu título à sua sucessora, e encerrará seu reinado e atividades gerais, como a ação de ser embaixatriz pela educação, pesquisa e legislação do HIV/Aids. Tudo isso será obrigação da nova Miss Universo.
Nos dias atuais, uma vencedora de um evento de tanta proporção internacional como o referido, além de ter o reinado e atividades atribuídas, tem a missão de defender e se focalizar na saúde da mulher e em realizar tarefas em conjunto com as organizações como Aids for Aids, a Comissão Latina de Aids, God´s Love We Deliver, PSI/YouthAIDS, The Global Network for Neglected Tropical Diseases, Gay Men´s Health Crisis and the Same Sky Trade Initiative, entre outras responsabilidades como miss.
A disputa de Miss Universo existe oficialmente desde 1952 - sendo sempre realizada a sua eleição anualmente -, mas desde 1926 aconteceram em certos anos, desfiles para eleger a Miss Universo, sendo esses chamados de "concursos pré-históricos". A 1ª Miss Universo de todos os tempos foi Catherine Moylan, dos Estados Unidos, em 1926. Oficialmente, a vencedora pioneira foi Armi Kuusela, da Finlândia, em 1952. A atual Miss Universo (2010) é Ximena Navarrete Rosete, do México.
É bom lembrar que o Brasil já teve três misses que venceram a eleição de Miss Universo, sendo que a 1ª foi em 1930, quando a competição ainda não era oficial, e a vitoriosa foi a gaúcha Yolanda Pereira, hoje falecida. As outras duas misses Universo do Brasil, já na era oficial, foram Ieda Maria Brutto Vargas (de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 1963), e Marta Vasconcelos (de Salvador, na Bahia, em 1968). E é adequado notar que o Brasil só passou a participar (oficialmente) do certame universal, em 1954, com a baiana Martha Rocha, que tirou a 2ª colocação no evento, tendo perdido - reza uma lenda - por possuir duas polegadas a mais nos quadris. E em 2007, a mineira Natália Guimarães ficou em 2º lugar no Miss Universo, sendo a última brasileira a conquistar uma pontuação tão boa nessa disputa. Dentre as misses Brasil, muitas apesar de não terem vencido ou galgarem boa pontuação no Miss Universo, foram fortes misses em seus anos, como é o caso da nossa Miss Brasil 1980, Eveline Schroeter (representante do estado do Rio de Janeiro, e cidade de Macaé), que nem foi colocada entre as 12 semifinalistas do certame em 1980, sendo forte candidata.
A notícia de que a sede do espetáculo de beleza universal de 2011 será no Brasil, está fazendo com que muitos brasileiros vibrem de alegrias. Oficialmente é a primeira vez que esse evento é sediado no país, mas na era ainda "não oficial", o certame aconteceu uma vez no Brasil, no Hotel Copacabana Palace, cidade do Rio de Janeiro (antigo distrito federal), em 1930, justamente no ano da vitória brasileira de Yolanda Pereira, do Rio Grande do Sul (Pelotas). O interessante é que 1930 foi o único ano na história geral em que aconteceram dois concursos de Miss Universo, sendo que o outro foi em Galveston, nos Estados Unidos, com a vitória (também do país sede) da norte americana Dorothy Dell Goff. E tomara que o Brasil vença o Miss Universo 2011, em uma vitória dentro de casa, fazendo repetir 81 anos depois, o feito da pioneira Yolanda Pereira.
Raphael Guedes Marinho.