O petróleo virou plástico: um novo problema

Problema inicial

O emprego de derivados de petróleo, já há décadas, como fonte energia para a indústria e motores de veículos são problemas já conhecidos. São estes problemas:

-      Saturação do ar das metrópoles com CO (monóxido de carbono) e CO2 (dióxido de carbono). Esses gases, são originários da descarga dos veículos automotores e das chaminés industriais. Esta saturação tem causado efeitos deletérios sobre a respiração dos seres humanos e outros animais. Os pulmões dos seres vivos não foram preparados para respirarem o ar sujo com esses gases.

-      Redução da mobilidade nas cidades em parceria com a indústria de veículos. A publicidade tem tornado os veículos de uso individual (automóveis) um objeto de desejo. Resulta desse estímulo, o aumento do número de veículos nas cidades e a redução da mobilidade das pessoas nesses mesmos espaços. Ora, à medida que isso ocorre, os responsáveis pelas cidades não disponibilizam novos espaços e vias de circulação para esses novos veículos. Daí os congestionamentos e a queda da mobilidade urbana.

Um novo problema

Algumas frações do petróleo podem se tornar, por meio de processos específicos, matérias-primas para a indústria petroquímica.

As matérias-primas para a indústria petroquímica obtidas da produção e processamento de petróleo são:

-      Gás de refinaria (basicamente composto por metano e etano) efluente do início do processamento de petróleo;

-      Gás liquefeito de petróleo (basicamente composto por propano e butano) obtido por destilação atmosférica e craqueamento catalítico;

-      Nafta petroquímica, fração do petróleo obtida na destilação atmosférica;

-      Gás natural obtido diretamente da produção de petróleo (composto basicamente por metano).

Essas frações são os insumos para as Centrais Petroquímicas que têm em suas plantas industriais unidades de processamento de gás natural, nafta petroquímica e de outros insumos, resultantes da produção de petróleo.

Essas Centrais possuem, ainda, em suas instalações unidades de craqueamento térmico (de “cracking”, quebrar em inglês) com uso de vapor d’água ou unidade de reforma catalítica para produzir, prioritariamente, matérias-primas gasosas ou líquidas que serão as matérias-primas da indústria química, tais como: eteno (C2H2), propeno (C3H6), butenos (C4H8), butadieno (C4H6) e suas misturas, benzeno (C6H6), tolueno (C7H8), xilenos (C8H10) e suas misturas. Esses gases e líquidos reformados ou não nas Centrais Petroquímicas são os monômeros, do grego mono “um”, “único” e mero “parte”.

Todavia, o objetivo da indústria petroquímica, em seu atual estágio, é a produção de polímeros, também do grego poli “muitos” e meros “partes”.

Assim, os polímeros são macromoléculas constituídas por unidades menores, os monômeros. Os monômeros ligam-se entre si através de ligações covalentes.

A polimerização é o nome dado à reação de formação dos polímeros. O grau de polimerização refere-se ao número de meros em uma cadeia polimérica.

Os polímeros

Os principais polímeros produzidos pela indústria petroquímica são: poliuretano (resina epoxi), polietileno (plásticos), polipropileno (plásticos), PVC (cloreto de polivinila), poliéster (fibras), silicones e resinas acrílicas e outros. 

Os principais produtos finais oriundos da petroquímica são, sobretudo, os plásticos, as borrachas sintéticas, as espumas, os detergentes, os solventes, as resinas, os revestimentos (tintas), os fios e fibras sintéticos, os fertilizantes e alguns outros. 

Um dos pontos negativos dos polímeros são suas ligações covalentes. O estudo da química mostra que os compostos por ligações desse tipo são quimicamente muito estáveis e de difícil degradação ao longo do tempo. 

https://jornalorebate.com.br/19-04/plastico.jpg
Objetos fabricados a partir de produtos petroquímicos

 Aliado a isto, temos o baixo custo de produção dos produtos petroquímicos. No sistema capitalista, este fator desencoraja a reciclagem de produtos com essa característica. Hoje, nosso ambiente está saturado de produtos petroquímicos usados e sem que haja qualquer interesse em reaproveitá-los.

Nossos mares estão saturados desse tipo de detritos. Temos visto com frequência crescente a morte de peixes e mamíferos marinhos pela ingestão de detritos petroquímicos lançados ao mar.

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Mar de plástico sujo 

A propósito, as embalagens plásticas estarão proibidas, a partir da 2021, na União Europeia. 

Já passamos da hora de mudar o rumo de nossa produção petroquímica e analisar quais produtos petroquímicos precisam, com urgência, deixar de ser produzidos ou aqueles que devem ser reciclados.  

É preciso destacar que a vida no planeta vale mais que o lucro de algumas corporações do setor.

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