Com a corrida presidencial esquentando seus motores, percebe-se uma tendência entre esquerda e extrema direita, ainda mais acirrada do que a direita do tucanato nas últimas eleições.
Aquela população que apoiou o Golpe contra a democracia, no caso do impeachment, flutua ao sabor da mídia e da ventania conservadora que se estabeleceu com a ascensão das vozes vindas das redes sociais.
O atual governo vai chegar ao fim sem credibilidade e incapaz de interferir no pleito. Aqueles que apoiam o atraso que é o governo Temer, como os tucanos, também não farão um candidato capaz de concorrer com chances.
O clima é favorável para o surgimento dos 'salvadores da pátria'. Gente que ainda não entrou para a política efetivamente, e que afina o discurso daquele que não tem participação em nada, sem culpa pelo que está aí.
Acontece que as coisas não são assim, tão simples. Cresce, exponencialmente, a campanha de candidatos apoiados pelas igrejas evangélicas. São candidatos da extrema direita que são favoráveis a pena de morte para menores infratores, mas são contra o aborto; cospem no altar quando discriminam pessoas por idelogia de gênero; não respeitam a diversidade e, muito menos, os direitos humanos.
São esses candidatos, com o apoio dos senhores pastores, que crescem nas pesquisas e ameaçam, de uma vez por todas, a Constituição e o estado democrático de direito.
Ricardo Mezavila é escritor