Em decorrência dos assassinatos de 69 e ferimentos em 186 das 20 mil pessoas que protestavam mesmo pacificamente em Shaperville bairro da capital sul-africana Johanesburgo contra a Lei do Apartheid em 21/03/1960, crimes praticados pelo exército do governo de minoria branca. O organismo multilateral ONU oficializou 21 de março como Dia Internacional para Eliminação da Discriminação ´Racial´. Antes, ecoava mundo afora o ensinamento do genial revolucionário marxista, Trotsky (1879-1940) através do livro Nacionalismo Negro: “O combate dos negros contra o racismo e (imperialismo) o colonialismo na África e diáspora é específico, estratégico e indissociável da luta de classes”.
Isso não está na literatura oficial nem que tenha servido de inspiração para o maior herói de cor da pele preta (negro) mundial o mártir internacional da Consciência Antirracista Steve Biko (1946-1977) cunhar a célebre frase: “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda”. Agravam e escondem-se atrás de tal falta de informação da História sobre o 21 de Março a opressão imperialista e a hipocrisia da ONU. Apesar disso, o regime racista e belicista de minoria branca ou euro descendente imposto pela Lei do Apartheid que causou o Massacre de Shaperville foi derrubado pelas lutas do proletariado sul-africano e mundial de todas as cores e hegemonizado pelos negros entre 1990 e 1994.
Antes ocorreu a morte de Biko em 1977 causada por golpes brutais na cabeça aplicados por policiais do regime da Lei do Apartheid. Previsto por Trotsky principalmente no livro A Revolução Traída, os crimes e equívocos do stalinismo levaram ao fim da guerra fria. Isto é levaram ao desmantelamento dos estados operários burocratizados do leste europeu a partir de 1990. Os equívocos do stalinismo eram tamanhos que pregava “a luta antirracista é secundária”. O que acabou influenciando na anistia e a consequente soltura de quem deixou de identificar-se com a equivocada tática de guerrilha e se tornou um conciliador líder negro apelidado de antirracista, Nelson Mandela o Madiba (1918-2013).
Antes de se eleger o 1° presidente negro pós-Apartheid governando a África do Sul de 1994 a 1999 e se tornar herói nacional, Madiba se notabilizou mundialmente enquanto Nobel da Paz 1993. Já a hipocrisia da ONU correlacionada com o fato de ter oficializado a data de 21 de março enquanto Dia Internacional para Eliminação da Discriminação ´Racial´ se expressa através da submissão desse organismo multilateral ao imperialismo notadamente o estadunidense. Assim, em setembro de 2001 a ONU patrocinou a peso de ouro a 3ª Conferência Mundial supostamente Contra o Racismo, Discriminação ´Racial´, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas o Plano Durban porque foi realizada nessa cidade sul-africana.
Dez anos depois, ou seja em dezembro de 2011, o Plano Durban gerou a Conferência de Revisão que envolveu uma suposta nova política climática global o chamado protocolo de Kyoto sem metas, pois, não houve acordo na questão das florestas. No entanto, o Plano Durban de 2001, ainda na esteira do fim da guerra, significou um suntuoso acordo entre as direções de movimentos sociais negros ditos antirracistas e de defesa da causa indígena na tentativa de sepultar sob montanhas de pedras os citados ensinamentos de Trotsky e Biko. Para tanto, mais 16 mil pessoas entre delegações representativas de 173 países e sob o manto protetor do imperialismo que domina a ONU foi erguido o racialismo.
O qual, apesar de não contar com comprovação científica, é ideologia e ou crença fundamentalistas na existência de ´raças´ humanas. Isto é concebe os povos negro e indígena, não enquanto pobres e oprimidos. Mas, sim como pobres coitados necessitados de políticas baseadas na piedade social, isto é baseada no gênero de política que pode ser pública ou privada apelidado de ação afirmativa (AA) também chamado de cotas sociais. Uma vez que objetivam ´humanizar´ a exploração e a opressão capitalista. Já a espécie dessas políticas públicas ou privadas são chamadas de cotas ´raciais´.
Fim da barbárie imperialista e racista na África e países da diáspora!
Liberdade para o jornalista e militante negro estadunidense Mumia Abul Jamal!
Fim da ocupação militar do Haiti por tropas da ONU comandadas pela brasileira!
Revogação das Leis Brasileiras de paternalismo racialistas em relação aos negros como a 12.288/2010 o famigerado estatuto da igualdade “racial” e a 12.711/2012 a apelidada de cotas!
Pelo aperfeiçoamento das Leis antirracistas como a chamada Lei Caó 7.716/1989 e a 9.459/1997 de agravamento de penas para injúrias correlatas à cor da pele, características étnicas-raciais, religião ou origem!
Saúde pública de excelência na qualidade, gratuita e universalista para todos e todas inclusa a epidemia social de anemia falciforme!
Educação idem inclusa Escola Técnica Profissionalizante, Artes, Cultura, Ecologia, Esportes, Ciência, Tecnologia, Transporte e Turismo!
Reformas Urbana e Agrária de fato com titulação para as famílias remanescentes em quilombos!
Pelo fim das chacinas da juventude pobre, especialmente a negra das periferias praticadas pelas Polícias com a consequente extinção da PM!
*jornalista – é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM).