Já faz alguns anos que adotei uma prática diária que com certeza aconselho a todos, caminhar.
Costumo acordar, diariamente, bem cedo, por volta das 5:00, quando saio de casa para caminhar em torno de uma hora.
Uso este período não apenas para desenvolver uma atividade física, mas principalmente mental, pois aproveito para colocar minhas ideias e compromissos em dia.
É uma verdadeira higienização mental.
Pois bem, nem sempre utilizo o mesmo trajeto, mesmo porque viajo com certa frequência.
De qualquer forma, esteja onde estiver, mantenho a periodicidade diária de minha caminhada.
Quando estou em São Paulo, principalmente, ando próximo a uma avenida, em um trajeto que contém um espaço para caminhada.
Algumas vezes corro, mas o fato do trajeto ser de concreto, costumeiramente, isso não é muito aconselhável, pois os meus joelhos sofrem.
O concreto impede que haja uma maior disseminação do impacto dos movimentos. Por isso, esta “força” volta aos meus joelhos, que sofrem.
Por outro lado, quando caminho na areia, principalmente, quando estou desenvolvendo algum projeto no Nordeste, os joelhos não doem.
Mas com certeza os esforços são maiores, uma vez que o “chão” literalmente cede, o que facilita a propagação da energia dispendida por mim.
É justamente por isso, que preciso despender muito mais energia e ter um preparo físico mais apurado para superar isto.
Por fim, existe o meio termo, caminhar em um lugar não tão “duro” como o concreto nem tão “mole” como a areia, a terra.
Este tipo de terreno permite uma maior propagação de energia, não tanto quanto a areia, mas muito mais que o concreto.
Também não irá exigir um esforço maior quanto ao fato de termos que superar o fato de “afundarmos”, o que acontece na areia.
Ao que parece é o melhor tipo de terreno para caminharmos.
De forma paralela, será que não podemos fazer uma análise similar quanto as nossas amizades?
Que tipo de amizade temos em nossa vida?
Amizade do tipo concreto, firme como uma rocha e que pode nos causar alguma dor?
Do tipo areia, que não nos proporciona dor, mas nos esgota?
Ou por fim, terra, que nem causa dor, tão pouco é efetivamente firme?
- José Renato Santiago
- Colaboradores do Rebate