Objetivamente, podemos afirmar que a idolatria se manifesta no ato de prestar culto divino a criaturas. Criaturas foram, são, e sempre serão diferentes do Criador. Ídolos são eleitos para substituir o divino, e acabam irando a Deus: “Porque o Senhor teu Deus é um fogo que consome; um Deus zeloso. Quando, pois, gerardes filhos, e filhos de filhos, e vos corromperdes, e fizerdes alguma escultura, semelhança dalguma coisa, e fizerdes mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira. Hoje tomo por testemunhas contra vós o céu e a terra, que certamente perecereis depressa da terra, a qual, passado o Jordão, ides possuir: não prolongareis os vossos dias nela, antes sereis de todo destruídos.” (Dt 4.24-26)
Quando Deus se refere a alguma escultura, entenda-se: “são obras de mãos de homens, madeira e pedra, que não veem nem ouvem, nem comem nem cheiram.” (Dt 4.28)
A Bíblia diz em Salmos 135, versículos de 15 a 18: “Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não veem; têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum nas suas bocas. Semelhantes a eles se tornem os que os fazem, e todos os que confiam neles.”
Certamente há entre nós muitos ídolos, a começar da corpolatria, culto ao próprio corpo físico de forma imoderada, favorecendo o uso de anabolizantes, dietas restritivas e exercícios excessivos para se alcançar o corpo perfeito. Também carros, casas, viagens, pessoas, dinheiro e poder podem ser idolatrados como fossem deuses, e farão recair sobre nós o peso da ira de Deus: “sereis de todo destruídos” (Dt 26c). No livro de Josué, capítulo 24, versículo 20, está escrito: “Se deixardes ao Senhor, e servirdes a deuses estranhos, então se tornará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos fazer bem.”
Em Isaías 44.6 podemos ler: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.
Mais adiante, nos versículos de 13 a 19 está escrito: “O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa. Quando corta para si cedros, toma, também, o cipreste e o carvalho; assim escolhe dentre as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer. Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela. Metade dele queima no fogo, com a outra metade prepara a carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquentei, já vi o fogo. Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus. Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam. E nenhum deles cai em si, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei no fogo, e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore?”
Claro está, porque clara é a Palavra de Deus. Assim, encerro este texto com a afirmativa de João: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.” (1 Jo 5.21)
Maria Regina Canhos (e.mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) é escritora.