A camada mais externa da pele é chamada de estrato córneo. Foto: c.alberto
Um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, apontam que os raios ultravioleta B (UVB) afetam a proteção natural da pele. O fato pode ocasionar rachaduras, fissuras, inflemações, infecções, descamações e cicatrizes.
A pesquisa, publicada na primeira semana de outubro, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), analisou os efeitos da radiação solar sobre a camada mais externa da pele, nomeada de estrato córneo.
Os cientistas analisaram os tecidos do abdômen e das mamas (regiões do corpo tradicionalmente menos expostas) de mulheres entre 22 e 81 anos, durante 60 dias seguidos de “bronzeamento”. E concluíram que houve uma redução na força de ligação entre as células e na tensão para fraturar a camada, além de mudanças estruturais na queratina e nos lipídios presentes na superfície da pele.
“Se os pesquisadores vissem a área do rosto, por exemplo, não saberiam se a alteração foi anterior ou não. Como essas são áreas preservadas, meio ‘virgens’, dá para avaliar o quanto o sol pode romper as ligações entre as células”, explicou a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, que não participou do estudo.
Essas consequências acontecem além dos prejuízos mais conhecidos, como o envelhecimento e à incidência de câncer. A equipe acredita que a descoberta possa levar a um método quantitativo para determinar a eficácia de filtros solares contra os danos causados pela radiação ultravioleta.
* Com informações do poral Bem Estar.
** Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)