Secretário diz que atuação do MP tem cunho político

Lucilio diz, ao depor, que MP “diverge” do PT e age com interesse político contra Demétrio


O secretário Nilson Lucilio, na Câmara: “Tenho certeza que aqui em Campinas o MP não foi isento”
(Foto: Janaína Maciel/AAN)

O chefe de Gabinete da Prefeitura de Campinas, Nilson Lucilio, fez duras críticas ao Ministério Público (MP) durante seu depoimento na Comissão Processante (CP) da Câmara, que investiga o prefeito Demétrio Vilagra (PT).
Lucilio desqualificou o trabalho da Promotoria que investigou o Caso Sanasa. “Em relação ao Demétrio eu tenho certeza que o MP errou. Em relação ao PT, existe uma uma postura de divergência política”, disse. O integrante do primeiro escalão do governo prestou depoimento como testemunha de defesa, por ser próximo a Demétrio desde 1982. O advogado defende o petista e disse que o atual chefe do Executivo é um “homem humilde e honesto”.
Nilson disse que duvida da imparcialidade do MP. “Tenho certeza que aqui em Campinas o MP não foi isento. Não deram oportunidade para que Demétrio fizesse sua defesa. Os dois pedidos de prisão foram equivocados. A Promotoria tem atuação política e com holofotes. Isso não é bom para a democracia”, afirmou o secretário.
Lucilio também fez algumas considerações sobre outras atuações do MP na cidade, especificamente sobre os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsáveis pela investigação do Caso Sanasa.
No caso do Le Cirque, em que houve uma denúncia de que Demétrio teria cobrado propina de R$ 180 mil para que o circo se instalasse na cidade, na praça Arautos da Paz, Lucilio disse que o trabalho da Promotoria foi tendencioso. “O promotor pegou uma filmadora e foi na porta do circo”, afirmou. Os promotores chegaram a ir com uma filmadora no local para checar se o circo seria retirado pela Serviços Técnicos Gerais (Setec) à força. Não houve ação da Prefeitura nesta ocasião.
Outro ponto ressaltado pelo chefe de Gabinete foi a questão dos camelôs. “Quando o Pedro Serafim assumiu (a Prefeitura) não se falou de camelô. Nós assumimos com uma demanda de tirar os camelôs do Centro em 15 dias. Os promotores afirmaram que iriam colocar 400 homens da Rota para tirar tudo aquilo. Essa operação nunca aconteceu e não acontecerá. A questão dos camelôs em Campinas dura 30 anos. É a mesma coisa do condomínio São Conrado na Administração do Toninho (Antonio da Costa Santos), quando a Promotoria queria retirar a cancela do local (na época, Lucílio era secretário de Assuntos Jurídicos e afirmou ter evitado a ação). Os promotores criaram uma pauta na imprensa.”
Nilson disse que o atual prefeito, em seu curto mandato, teve uma pauta extensa de atos que combatem a corrução. Ele afirmou que ordenou pessoalmente um “pente-fino” nos contratos da Sanasa e, principalmente, dos que estão sob suspeita. Atualmente duas empresas denunciadas pelo Gaeco continuam prestando serviços para a empresa: Lótus Serviços Técnicos e Saenge Engenharia. A justificativa para manter essas duas empresas é a viabilidade financeira. “Muitas vezes quando você rompe este tipo de contrato a multa é milionária. Avaliamos a questão de gastos e a economia para a empresa foi de 10%' ,disse.
Gaeco
Os promotores do Gaeco, alvos de críticas do chefe de Gabinete da Prefeitura, Nilson Lucílio, informaram ao Grupo RAC que, por enquanto, não vão se manifestar sobre o posicionamento manifestado pelo secretário na Comissão Processante (CP). O Ministério Público acusa o prefeito Demétrio Vilagra de corrupção, formação de quadrilha e fraudes em licitações públicas, com base em depoimentos e escutas telefônicas realizadas durante as investigações do Caso Sanasa. Durante as apurações ele era vice-prefeito de Hélio de Oliveira Santos (PDT).
A CP da Câmara Municipal ouviu ontem apenas o ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto Castrillon de Aquino e o chefe de Gabinete, Nilson Lucilio Lauro Péricles, que presidiu a Sanasa de 2008 até este ano, e foi arrolado como testemunha de defesa, prestou depoimento por escrito, onde defende Demétrio de qualquer ato irregular.
Os empresários Augusto e Alfredo Antunes, donos da Global Serviços, não compareceram ao depoimento marcado. A acusação na CP, desistiu de ouvir as duas testemunhas. Outras pessoas notificadas para falar pela defesa de Demétrio pediram remarcação de datas. Com isso, novos depoimentos do Caso Sanasa foram marcados pelo Legislativo para os dias 25 e 28 deste mês.

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