Companheiros e amigos,
depois de mergulhar no material publicado pela imprensa e escarafunchar
no site da Comissão de Anistia, consegui entender o que foi realmente o
"Caso Lamarca":
a viúva pediu à Comissão que fosse concedido ao Lamarca, como parâmetro de sua pensão, o posto de general-de-brigada. NEGADO.
a viúva pediu à Comissão que a pensão concedida pela Justiça, no posto de coronel, seguisse o princípio da reserva militar, em que se paga ao beneficiário o valor da patente imediatamente acima. CONCEDIDO.
foi pedida e concedida indenização em parcela única de R$ 100 mil para cada um dos dois filhos
O QUE HOUVE, PORTANTO, FOI UMA DECISÃO ÍNFIMA, RELATIVA APENAS A VALOR DA PENSÃO. O PRINCIPAL, O RECONHECIMENTO DO DIREITO DA VIÚVA A RECEBER ESSA PENSÃO, JÁ HAVIA SIDO ESTABELECIDO PELA JUSTIÇA.
A assessoria de imprensa da Comissão de Anistia fez muita onda a respeito disso, para colocar sob os holofotes a nova fase desse colegiado, com a posse de outro presidente e mais conselheiros. Conseguiu... só que o noticiário gerado foi predominantemente adverso.
A imprensa não entendeu exatamente o que se havia passado e se deixou influenciar pela grita histérica da extrema-direita. Agora, envergonhada, não está reconhecendo que contribuiu para que se criasse uma tempestade em copo d'água. Caso da Folha de S. Paulo, cujo ombudsman hoje admitiu muitos erros, mas, convenientemente, "esqueceu" outros.
Foi uma verdadeira Batalha de Itararé, sem o bom humor do velho Apparicio Torelly...