Realizou-se no dia 12 de maio a assembleia da Oposição Bancária/Ce para a escolha dos delegados para os congressos nacionais da Conlutas e do CONCLAT que ocorrerão no início de junho. Contando com a participação de 40 ativistas do BB, CEF, BNB e Bradesco a assembleia teve a presença amplamente majoritária de apoiadores da tese da LBI/TRS que organizaram uma combativa chapa de lutadores da categoria. A companheira Hyrlanda Moreira, dirigente da LBI, defendeu a chapa, delimitando-se com as posições do PSTU e do PSOL, que reivindicaram a “unidade” em torno da construção de uma nova central, produto da fusão entre Conlutas e Intersindical.
Ao apresentar a tese da LBI, enquanto fração pública da Conlutas, a camarada Hyrlanda denunciou o caráter artificial da unificação entre a Conlutas e a Intersindical, caracterizando-a como uma mera fusão burocrática de aparatos baseada em acordos de bastidores, adaptação à institucionalidade burguesa e rebaixamento do programa em nome da “tática de dialogar” com os setores governistas a exemplo de bandeiras genéricas, proposições abstratas rebaixadas e métodos de pressão institucional, que estão a serviço de distrair as discussões das questões verdadeiramente litigiosas no movimento que é abrir um diálogo com as bases sindicais e canalizar suas tendências de luta em uma ação política consciente de enfrentamento contra o governo Lula e seus ministros sindicais da burocracia governista da CUT/CTB.
Também fez um chamado a abortar o curso liquidacionista da Conlutas, imposto por sua direção majoritária (PSTU) e construí-la enquanto embrião de uma verdadeira Central operária, camponesa e estudantil (COCEP), baseado em um programa operário e anticapitalista e capaz de romper a trégua social, imposta pela frente popular, ao movimento de massas. Afinal, a independência de classe é produto da vontade política de suas direções de romper com a com a burguesia. A defesa da oposição operária e revolucionária do governo Lula, baseada na ação direta dos trabalhadores, foi apontada como alternativa à política eleitoralista do conjunto da esquerda reformista. Por isso, frente à polarização política e ao circo eleitoral deste ano, a companheira Hyrlanda apontou a necessidade de desenvolver uma campanha nacional pelo voto nulo programático em defesa das reivindicações dos trabalhadores. Evidentemente que esta orientação está na contramão do bloco revisionista conformado pelo PSTU e PSOL e sua política de unidade sem princípios, baseada em uma “oposição de esquerda” ao governo Lula limitado aos marcos do regime, tendo as eleições burguesas como eixo político central para canalizar a insatisfação das massas.
Afinal, construir uma alternativa de direção revolucionária no país significa comparecer, recrutar e deslocar os trabalhadores da influência da pelegada governista, com fisionomia própria, com uma estratégia operária de combate ao regime e ao governo Lula, sem jamais subordinar nossos interesses às bandeiras e às necessidades da oposição burguesa.
O reconhecimento do trabalho militante da Oposição Bancária/TRS-LBI, que impulsiona o Movimento de Oposição Bancária (MOB), refletiu-se na expressiva votação obtida pela chapa encabeçada pela companheira Hyrlanda Moreira, conquistando a maioria dos votos na assembleia, apesar dos esforços desesperados do bloco revisionista PSTU/PSOL, que chegou a contar até com os votos de militantes que se reivindicam da CUT e da CTB, presentes na assembleia.
Está colocado como tarefa para o próximo período organizar um pólo classista para intervir não só no congresso da Conlutas, como também na própria campanha salarial que se avizinha, na perspectiva de construir uma genuína alternativa de direção classista para a categoria bancária, unificando e acumulando forças para expulsar a burocracia sindical governista dos sindicatos.
Fonte:http://www.lbiqi.org/tendencia-revolucionaria-sindical/chapa-da-trs-lbi-derrota-bloco-revisionista-pstu-psol-na-assembleia-da-oposicao-bancaria