Após cerca de 15 dias internado na UTI do Hospital de Messejana, ele faleceu em decorrência de um enfisema pulmonar.
Nascido em Crateús, sertão cearense, mudou-se ainda jovem para a capital Fortaleza. Ao longo de sua vida, forjou na infatigável militância pela causa da libertação dos povos e do socialismo a sua convicção na ciência do proletariado, o marxismo, sustentada corajosamente nas publicações de sua editora. Foi preso político durante o regime militar-fascista e, detrás das grades também ergueu sua trincheira de combate.
Raposo tinha uma inabalável confiança no futuro luminoso da humanidade, na destruição do velho sistema de exploração do homem pelo homem.
Enfrentou durante anos a doença que lhe dificultava a respiração, mas quando gozava de boa saúde, recitava com ardente fôlego de adolescente os seus “cantos de amor e rebeldia”.
Raposo era membro do Conselho Editorial de A Nova Democracia, exercia com vigor e entusiasmo o ofício de escritor e editor. Deixou inúmeros amigos entre índios, camponeses, operários, intelectuais, estudantes, filhos e filhas de nosso povo que com ele lutaram e compartilharam ideais.
AND e toda sua equipe de trabalho, seu conselho editorial, colaboradores e apoiadores rendem as mais sinceras honras ao companheiro Raposo, que nos deixou o legado de inquebrantável confiança no caminho da luta pela conquista de uma nova e verdadeira democracia, rumo ao socialismo.