"Nudez dos aposentados no Rio de Janeiro é crítica aos dirigentes da
Petrobrás, ex-sindicalistas que se especializaram em prejudicar
companheiros".
Foto: Petroleiros se despem, para que Petrobrás abra negociações para
atendimento de suas reivindicações a melhores condições de vida, de
trabalho, de salário e em especial de segurança contra acidentes e
adoecimantos ocupacionais.
É o que diz o coordenador do Sindipetro Litoral Paulista, Sérgio Salgado. Entende que o ato da Federação Nacional dos Petroleiros "é contra os desmandos da petrobrás, Petros e Federação Única dos Petroleiros (FUP)".
Presença de pessoas de idade completamente nuas em frente à maior empresa da América do Sul, ganhou repercussão entre os trabalhadores de diversos países, segundo informa Salgado.
Cláudio Ribeiro, do Rio de Janeiro, disse que aos aposentados não restou alternativa. Mostrando-se nús, os aposentados figuram como se encontram, diante "dos desmandos da atual administração da Petrobrás, Petros e FUP, que vêm sistematicamente solapando os direitos e burlando a lei".
Aposentados nús Denunciam prejuízos de R$ 5 Bilhões em "Acordão" Que Não Aprovam
(Rodolfo Huhn, da APAPE explica as razões e critica)
A manifestação, coordenada pelo Sindipetro-RJ, demonstrou o repúdio dos aposentados e pensionistas à política discriminatória praticada contra os aposentados e pensionistas do Sistema Petrobrás.
No novo ACT está sendo negociado com um abono de 30% além de novos reenquadramentos do mais recente Plano de Classificação e Avaliação de Cargos - PCAC, para os ativos.
Aposentados e pensionistas receberão um índice bem menor. Repete-se a afronta ao Regulamento do Plano PETROS para o qual os aposentados e pensionistas irão contribuir até morrer.
Não se trata mais de descaso da administração da Petrobrás que, em conluio com os dirigentes subservientes da PETROS, trazem uma permanente intranqüilidade a todos os Participantes. Para isso criaram o engodo da "Repactuação" e impuseram o novo Plano "PP-2".
A "repactuação" ainda não foi implantada, vez que está na dependência de vários acordãos paralelos. Este Grande Acordão pretende abrir mãos de mais de R$ 5 bilhões, que são devidos pelas Patrocinadoras ao Fundo PETROS. Laudo de perícia judicial chegou ao valor de R$ 9,885 bilhões; a FUP afirma e reafirma que chegará a "um bom" acordo de R$ 6 bilhões, enquanto que a Petrobrás divulgou ao mercado finaceiro que o valor estabelecido foi R$ 4,76 bilhões. Então quem sai ganhando o que? Evidentemente que não são os aposentados e pensionistas. Mas quem ganha quanto? Por que? Como?
Além do que estão sendo negociados outros ajustes entre a Petrobrás e a FUP, e, pelo que soubemos, levarão a um final pretendido muito pior do que a APAPE já mostrou e provou até aqui.
Acinte e Desrespeito praticados por aqueles que se sustentam por indicações políticas e não exatamente por qualificações profissionais.
Em face desse total descalabro, várias são as entidades que se têm insurgido contra este caos. A APAPE teve a primazia de desenvolver parcerias com advogados e coordena várias ações do interesse dos seus associados.
Entre estas, de particular interesse para aposentados e pensionistas, ações que visam manter os nossos direitos quanto ao Grande Acordão da FUP, Petrobrás e PETROS, bem como com relação à criação de uma tabela diferenciada para os "Não Repactuantes".
A ATO coordenado pelo Sindipetro-RJ contou com a presença de representantes dos Sindipetros SE/AL, LP e SJC, e da APAPE e AEPET.
Caixões do presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, e do gerente executivo de Recursos Humanos, Diego Hernandez, foram velados e encomendados a Satanás pelos presentes ao ato de nudez pública no Rio de Janeiro.
Apesar de muita chuva, cerca de 300 aposentados e pensionistas estiveram presentes. Alguns deles resolveram ficar como chegaram ao mundo: nus. Ato de desespero, quase. Talvez os meios de comunicação queiram dessa vez procurar o fio da meada e se assim fizerem chegarão ao escandaloso Acordão e descubram o que está por detrás desse descalabro que somente aos que não amam o País e seus recursos naturais que vêm sendo doados por seguidos governos.
Primeiro se desmoraliza os empregados, depois a própria empresa e depois, sob o manto de leilões públicos, se doa o patrimônio brasileiro, conquistado com tanto esforço e competência...
É desolador...
25/10/07
Rodolfo Huhn - Diretor Secretário da APAPE
Fonte: Aposentados e Lideranças Sindicais