Não tenho por hábito ver debate entre candidatos à disputa presidencial organizado pelas redes de televisão. Os poucos que vi me deram a impressão de coisa grotesca, mal organizada e até mal intencionada. A televisão ainda não descobriu uma forma menos suspeita de fazer esses debates, mas o mais provável é que esta seja a forma adequada para o clima de confusão que eles pretendem criar, querendo, muito provavelmente, pescar em águas turvas.
No Brasil a mídia adquiriu um poder tão grande que alguns jornalistas parecem ter o rei na barriga. Sentindo-se assim perdem a noção do respeito, do ridículo e dos limites. Basta ver o comportamento desrespeitoso e agressivo dos bonecos de ventríloquo da Rede Globo diante da presidente Dilma Rousseff, em entrevistas recentes. A mídia virou um partido político, que alguém denominou de PIG (Partido da Imprensa Golpista). E o pior é que ela faz política da forma mais baixa possível, usando as rotineiras armas da direita mais abjeta, como o achincalhe, a mentira, a calúnia, a intriga e a difamação.
O debate de ontem (28 de setembro) na Recorde foi a repetição do espetáculo grotesco que vimos em outras emissoras. Meia dúzia de candidatos, a grande maioria dos quais sem expressão ou votos, falando coisas absurdas e organizando-se em verdadeiros "complôs" para tentar derrubar a atual presidente, Dilma Rousseff. Dois candidatos, cínica e despudoradamente, chegaram a dizer que o que estavam fazendo não era "jogo de comadres". Levantaram questões com o único objetivo de atacar o atual governo. Questões que, diga-se de passagem, já foram mais do que respondidas. Levantaram velhas questões de corrupção, fingindo ignorar que tais práticas vem de outros governos e que só agora, nos governos do PT, vem sendo investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Em suma, sem nenhum pejo repetem a manjada fórmula nazista de mentir. Mentir sempre, na esperança de que a mentira assuma o lugar da verdade.
Uma candidata fala em Nova Política como se as palavras tivessem o poder de transformar em mercadoria fresca o que já se nos apresenta estragado. Como fazer Nova Política com o que há de mais atrasado na vida pública brasileira? Que Nova Política é essa que busca a integração das ideias irreconciliáveis, como quem pretendesse juntar, num mesmo balaio, raposas e galinhas, leões e cordeiros?
O candidato tucano não mostra, na sua face, nenhum constrangimento ao fazer discurso em defesa da moralidade e dos interesses nacionais, quando o Brasil todo sabe que o seu partido, no governo federal, quebrou o Brasil três vezes, dilapidou o patrimônio público, com a farra das privatizações, e tirou direitos dos trabalhadores. O povo de São Paulo vive situações de verdadeiro descalabro sob o governo tucano. Com se não bastasse, o candidato tucano à presidência tem, sobre ele, pesadas acusações.
Que estranhos processos mentais levam uma pessoa a achar que pode ser presidente da república de um país como o Brasil? Não estou questionando o direito, de quem quer que seja, de ter essa pretensão. O que eu quero é, apenas, entender a alma humana. Seria megalomania? Seria o desejo de ter alguns minutos de fama, aparecendo em redes nacionais de televisão? Querem ampliar espaços? Que grupos e interesses representam? Diga-se de passagem que entre gente comum, do povo, pode-se encontrar pessoas com pensamento mais articulado e com melhores propostas do que esses candidatos cujo único propósito, ao comparecer a esses debates, parece ser o de derrubar a atual presidente, bem como o seu partido.
O Brasil está reduzindo as desigualdades. Saiu do Mapa da Fome, está construindo universidades e escolas técnicas. Está reduzindo o desemprego. Está combatendo a corrupção, o que não foi feito nos governos do candidato tucano.
Isso posto, porque o povo brasileiro iria deixar de votar em DILMA ROUSSEFF para se meter em trapalhadas e confusões? É DILMA de novo. A despeito do jogo sujo e pesado do PIG, a despeito dos "colunistas-amestrados", dos jornalistas "boneco de ventríloquo" , o povo não vai se deixar levar pelas velhas raposas da política, disfarçadas de CORDEIRINHO NOVO, nem pelas VELHAS COMADRES, sem propostas consistentes e que querem, apenas, aparecer.
É DILMA DE NOVO.