Farsa eleitoral: O canto das sereias do mar de lama

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Cena do filme Cristo Rey

Mais dinheiro público jogado para enganar o povo e mais aporrinhação para nossos olhos e ouvidos. Até 30 de junho os meios de comunicação estarão veiculando a campanha do TSE “Mulher na política”. Os burocratas do TSE não se contentam com a obrigatoriedade antidemocrática e imoral do voto, que impõem com multas, ameaças e chantagens, que homens e mulheres compareçam às urnas para referendarem a farsa que dá sustentação e reprodução deste velho e apodrecido Estado brasileiro de grandes burgueses e latifundiários a serviço do imperialismo, principalmente ianque.

Agora se esmeram em artifícios de sedução para envolver e arrastar as mulheres para seu engodo. Tentam os meritíssimos fazer passar participação política por chafurdar-se na pocilga do parlamento. Desafiam, num repentino arroubo “feminista”, que as mulheres rechacem o monopólio dos homens na farsa eleitoral e no purulento parlamento e demais burocracias do velho Estado e que tomem o seu lugar. O desespero para salvar um sistema em decomposição já não dispensa qualquer apelação, e tome demagogia e cinismo.

Demagogia e cinismo descarados para um sistema que reproduz em todas suas estruturas o machismo medonho, a perpetuação da opressão feminina por todos os meios. Logo quem, uma “democracia” que legitima com cláusulas pétreas e leis de ferro a opressão feminina, que criminaliza o direito mais elementar do ser humano que é o direito ao seu próprio corpo, ao impedir a mulher de decidir sobre interromper ou não uma gravidez.

Facultam toda permissividade à pornografia e utilização mais vil de seu corpo como objeto de prazer dos homens, de sua nudez e poses insinuantes como o primeiro e principal artifício publicitário para vender toda espécie de mercadorias, e o mais aberrante dos ultrajes, o de obrigar a mulher, sob a sanção de homicida, de levar até o fim uma gravidez indesejada. A propaganda do TSE é algo quixotesco, porém não surpreendente, pois estranho deveras seria uma burocracia inútil realizar campanhas pela descriminalização do aborto ou de exigência aos capitalistas e demais exploradores pagarem aos seus empregados salário igual para trabalho igual.

GÊNERO ESCONDE CLASSE

Ademais, pretender apresentar o problema como questão de gênero, é mais uma tentativa de falsificar a realidade e obscurecer a natureza de classe de nossa sociedade, como fazem com o dia internacional da mulher trabalhadora, um dia de luta, transformando-o num dia de festa de todas as mulheres.

Basta ver a conduta de mulheres como Dilma Roussef, Kátia Abreu, Ana Amélia, Gleisi Hoffmann, Marta Supicy, Lucia Vânia, Vanessa Grazziotin, Elcione Barbalho, Jaqueline Roriz, Janete Capiberibe, Jô Moraes, Marinha Raupp, Gorete Pereira e tantas outras filhas legítimas das oligarquias regionais ou portadoras da incurável doença do cretinismo eleitoral, para constatarmos que a questão, realmente, não é de gênero e sim de classe.

Estas mulheres estão no parlamento ou noutros postos dirigentes do Estado reacionário para cumprir fundamentalmente o rol de interesses de suas classes, sejam burguesas, latifundiárias ou pequeno-burguesas. E, só chegaram lá a custa de muita grana gasta nas eleições, grana esta recebida em troca de favores ao agronegócio, aos banqueiros e especuladores nacionais e internacionais, aos empreiteiros, às multinacionais, aos empresários do transporte e outros exploradores do povo.

FAZENDO A POLÍTICA DO POVO NA LUTA DE CLASSES

A vida tem mostrado, entretanto, que as mulheres que fazem a verdadeira política, a luta de classes revolucionária, fazem questão de se manter afastadas dessa nojeira toda representada por estes partidos oficiais, que são verdadeiros covis de vende-operários e vende-pátrias, de corruptos convictos e oportunistas de todas as laias.

Elas fazem política no dia a dia brigando por melhores salários e melhores condições de trabalho, contra o aviltamento de seus direitos, por creches para seus filhos que lhes permitam trabalhar e ao mesmo tempo proteger a infância. Fazem política na luta pela terra, por um local para morar, por vagas em escolas decentes para seus filhos, por tratamento de saúde digno do ser humano, por condições de transporte também condigno. Fazem política na luta contra as mil formas descaradas e sutis de acossamento, constrangimento e assédio, contra as inúmeras formas de violência praticadas sistematicamente em todas as esferas do convívio social, desde o ambiente doméstico, de trabalho e lazer. Fazem política na luta por igualdade de direitos que não seja o de rebaixar-se para igualar a práticas chauvinistas que a sociedade chancela aos homens.

E para isso elas se organizam cada vez mais em organizações de luta combativas e em organizações de mulheres revolucionárias. Isto porque as mulheres, de forma muito rápida, estão aprendendo que não basta a luta reivindicativa para dar solução a seus problemas, que é preciso atacar as causas de fundo que os geram. Que é preciso impulsionar a luta pelo poder e esta luta, diferente do que meritíssimos mistificadores propõem, não se resolve com eleições farsantes e sim com revolução. Revolução que, ao destruir o poder das classes exploradoras e eliminar a propriedade privada dos meios de produção, demolirá todas as bases sobre as quais se assentam e reproduzem a ignóbil opressão feminina.

O DESTACADO PAPEL DA MULHER REVOLUCIONÁRIA

As páginas de AND estão repletas de exemplos de mulheres que abraçaram a luta do povo, inclusive de armas nas mãos, como as mártires do Araguaia e as guerrilheiras que desenvolvem as Guerras Populares levadas a efeito atualmente na Índia, nas Filipinas, no Peru e na Turquia, assim como, também, nas lutas de libertação nacional travadas pelos povos palestino, iraquiano, afegão e tantos outros.

No Brasil dos dias de hoje as mulheres indígenas, camponesas, quilombolas, moradoras de favelas e periferias, operárias, professoras, profissionais de saúde, motoristas e trocadoras, estudantes secundaristas e universitárias, comerciárias e operadoras de call center têm ocupado as ruas em protestos específicos, que se somam à grande insatisfação que percorre as camadas mais sofridas do povo.

Principalmente depois dos protestos de junho de 2013 com a crescente politização das massas, o que é indicador de uma situação revolucionária que se desenvolve rapidamente no país e que cobra, cada vez mais, o compromisso dos que assumem de frente a luta por mobilizar, politizar e organizar homens e mulheres das classes trabalhadoras.

Compromisso que parte do entendimento de que a forma superior de organização é o partido revolucionário do proletariado, capaz de liderar a aliança operário-camponesa como núcleo de uma grande Frente Única capaz de levar a cabo a revolução democrática no país. Revolução para derrubar as três montanhas de exploração e opressão sobre nosso povo e nosso país, liquidando o latifúndio através da revolução agrária e confiscando todo grande capital monopolista (nacional e estrangeiro) e varrendo toda ingerência imperialista, centralizando tudo o que for dos brasileiros nas mãos do Estado de Nova Democracia e a partir daí passar à construção do socialismo.

Neste novo Estado democrático e revolucionário do povo, as mulheres trabalhadoras, estando asseguradas todas as condições para sua participação, estarão em situação de igualdade de condições para estar presentes e atuantes em todas as instâncias de decisão através dos conselhos e da Assembleia Nacional do Poder Popular.

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