Com o crescimento da demanda local e da procura de motoristas da capital e cidades vizinhas, deputado Salomão cobra do DETRAN a melhoria no atendimento durante as vistorias e o aumento do número de funcionários no posto de Teresópolis
Em 2002, foram 38 mil vistorias feitas por 50 funcionários. Este ano de 2013, aconteceram, até agora, 79 mil para 30 funcionários. Resultado: filas de espera de mais de três horas no posto do DETRAN em Teresópolis, sendo 50% dos carros vindos de fora da cidade. “Em virtude disso, fiz à direção do DETRAN, um derradeiro apelo: que reforce a equipe do posto, para melhorar o atendimento”, declarou o deputado Nilton Salomão na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, no dia 28 de agosto.
Salomão ouviu do presidente do órgão que atenderá seu pedido, em virtude do aumento da procura de postos como o da cidade serrana pela população da capital — entre outros municípios do interior que apresentam o mesmo problema — e do próprio crescimento da demanda local. “Solicitei, também, através de ofício, a modernização do aparelho de medição de gases, a cargo do INEA, Instituto Estadual do Ambiente”, completou o deputado, que chegou a pensar em convocar uma audiência pública para discutir o problema das filas e do atendimento deficiente no DETRAN, caso nenhuma medida fosse tomada.
Projetos inteligentes e acessíveis para as casas populares em todo o estado
Salomão cita a Marcha Nacional pela Reforma Urbana e sua luta contra a "lógica empresarial" na construção de habitações de interesse popular, como acontece na Serra
Em seu pronunciamento, Salomão também fez considerações sobre a Marcha Nacional pela Reforma Urbana, organizada pela União Nacional pela Moradia Popular, que discute, entre outras coisas, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Salomão saúda os companheiros Cláudio Pereira e Jurema Constâncio, da Coordenação Geral da Marcha, e defende o projeto, mas critica as empreiteiras que, em alguns casos, constroem "aglomerados humanos sem qualidade de vida". Por isso, o deputado afirmou: "defendo pequenas áreas construídas, nos próprios locais de origem dos moradores, preservando sua identidade e seus relacionamentos com a vizinhança".
O deputado aproveitou para citar o caso de Teresópolis, onde, depois de se chegar a essa conclusão, os governos estadual e municipal resolveram retomar e iniciar o projeto de construção de 1.664 unidades na Fazenda Ermitage. "Abandonaram a construção de 300 unidades no bairro que foi mais atingido pelas chuvas, a Posse, voltando à etapa anterior, de um só aglomerado", comentou Salomão. Segundo ele, durante a Conferência Nacional das Cidades, em Brasília, "será preciso quebrar essa lógica do lucro a qualquer preço, pois as empreiteiras só se interessam pelos grandes empreendimentos, mas têm que roer o osso também; não é só comer o filé", comparou. Para Salomão, mais inadmissível ainda é essa "lógica empresarial, de lucro apenas", ser usada pelos governos, pelos gestores públicos.
O deputado mencionou ainda seu Projeto de Lei 1.591/2008, aprovado na ALERJ, que transforma o custo da água em pequenas construções como de "interesse popular", e não mais comparado ao gasto "industrial" com a água, como é considerado hoje, mesmo em pequenas construções. "Com a lei, deixa-se de pagar R$ 241 pelo equivalente a 15 metros cúbicos de água e passa-se a pagar R$ 30 pelos mesmos 15 metros cúbicos em construções até 70 metros quadrados. Deve-se dar prioridade a essas habitações de interesse social, protegendo os mais humildes, desde os desabrigados da Região Serrana até os que estão sendo removidos de suas áreas, sem que se respeite a sua dignidade ", finalizou. Abaixo, os links com os principais trechos do pronunciamento sobre os assuntos abordados:
http://youtu.be/yOvUcV4Phho
http://youtu.be/dihOlM30sXU
http://youtu.be/udt5VxDmFJc