O TEMPO NÃO VOLTA(ALMA DO SILÊNCIO)
Eu queria voltar no tempo,
sentir toda a emoção que senti,
toda razão que perdi,
aquela sensação de plena loucura,
achava que eu tinha me realizado,
que tinha me encantado,
que eu já tinha me encontrado,
eu achava que o tempo voltava,
há se o tempo voltasse!!
mas a vida corre sempre pra frente,
como a correnteza de um rio bravo,
como se não pudesse esperar,
a vida sempre vai indo,
escorrendo sobre seus dedos,
por mais que você tente pegar,
ela escorre.....
nunca te espera e nem te socorre,
a vida nunca espera quem quer viver amanhã,
você tem que viver o hoje,
faça hoje,
nunca deixe nada pro outro dia,
a vida não espera pela tua felicidade,
pelo contrário ela te avisa:
não demora,
vem logo!!!
ANA ELIZABETH BAADE
UM RIO EM MINHA VIDA
UM OUTRO LUGAR
UM OUTRO LUGAR (ALMA DO SILÊNCIO)
Chorando e distraída,
perdida e sem saída,
era assim que eu estava,
sozinha e abandonada,
esquecida e largada,
tudo de uma só vez,
era um sonho ou um pesadelo,
me esqueci de acordar,
eu corria num lugar florido,
me deitei pra descansar,
sem perceber ,
peguei num sono profundo,
quando acordei estava lá,
era um lindo lugar,
com todo tipo de flores,
eu estava sozinha,
molhada com minhas lágrimas,
havia chorado sem parar,
mas era incrível,
nem sabia se sorria ou se chorava,
só sabia que queria,
naquele lugar ficar,
era uma mistura de sonho e fantasia,
de desejo e agonia,
era um ilusão,
um espantoso sonhar,
mesmo esquecida de onde estava,
nem liguei,
só queria ficar ali pra sempre,
só queria me descartar,
um lugar perfumado,
fiquei inebriada,
com o cheiro popular,
era um cheiro agradável,
era tudo tão bom,
nem sei como cheguei naquele lugar,
agora não tinha mais jeito,
o tempo não parava,
o tempo me acostumava,
e agora como voltar?
quem disse que eu queria,
quem disse que eu voltaria,
era ali que eu ficaria,
com medo ou alegria,
com sonho ou fantasia,
ali eu ficaria!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
LUZ DA MINHA VIDA
O SILÊNCIO FALA MUITO ALTO
O SILÊNCIO FALA MUITO ALTO (ALMA DO SILÊNCIO)
Muitas vezes fico desencontrada,
sem jeito e amedrontada,
às vezes quero ser mais
fico no meio do caminho
ai me demoro na parada,
ficar indecisa é muito ruim,
preciso me encontrar,
acostumar-me com os desencontros,
com os costumes do nada,
fico sempre na expectativa,
em me concentrar e em me acertar,
pra mim é difícil,
não consigo me enxergar,
olho-me no espelho,
vendo-me por horas,
nem sei em quem acreditar,
muitas vezes sou eu,
outras não sei quem esta lá,
não sou eu naquele lugar,
prefiro sair de lá correndo,
quero saber o meu lugar,
me conhecer e me reconhecer,
quero saber onde estou,
onde vou parar,
preciso saber o meu lugar,
entender e me escutar,
a voz do meu silêncio,
fala tão alto,
faz um zumbido,
não me deixa pensar,
meu silêncio é sabido,
me conhece melhor,
que a mim mesma,
que qualquer pessoa,
mas não consigo escutar,
ele é ensurdecedor,
nunca me deixa pensar,
me acalma,
me reconhece,
sabe onde me encontrar,
lá nunca estou sozinha,
lá é o meu verdadeiro lugar,
prefiro ficar muda,
falar já me deixa surda,
o silêncio agora só importa,
se eu conseguir me encontrar!!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO