VIVER PRA MIM (ALMA DO SILÊNCIO)
Quero ser minhas manhãs,
renascer todos os dias,
reencontrar minhas alegrias,
me redescobrir,
sem exigir muito de mim,
sem ter que me esconder,
sem ser meu próprio reflexo,
Quero me encontrar aqui de novo,
sem perder o medo,
sem sentir o receio,
que me prende por me conter,
Quero antes de tudo,
ser fiel a mim mesma,
preencher minhas carências,
e me cobrir de rendas,
Quero ser eu mesma,
me desenhar,
sem me disfarçar,
saber me conquistar,
me refazer sem me idealizar,
Quero saber se consegui me iludir,
no contexto dessa rima,
se refiz meu tema,
depois escrevi meu poema,
Quero , ai de mim como quero,
ficar aqui,
sem fugir assim,
sem me proibir,
sem me vestir de cupim,
Quero me decifrar,
quando perder a memória,
quando não me reconhecer,
quando a minha ida estiver próxima,
Quero me ajeitar,
nas fitas ilusórias,
nas batalhas intempestivas,
de euforias sem fim,
Quero tudo e muito mais,
quando desejar retornar,
quando então me achar,
Quero me aliviar,
me suportar,
viver apenas pra mim!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
DEGRAUS DA MINHA PEÇA (ALMA DO SILÊNCIO)
subir os degraus da fantasia,
me vestir de alegoria,
tentar encontrar um palhaço,
revestir meu cansaço,
descer do palco,
cair nos teus braços,
desejar sonhar,
fazer acontecer,
cantar todas as canções,
viver a vida sem declarações,
esquecer de tudo,
fazer nada,
depois de novo viver,
acordar pro mundo,
alcançar as assas,
voar,
se iludir
começar a escrever,
fazer tudo de novo,
me reerguer,
ser autora da minha história,
ser atriz desse palco,
fazer a festa,
esquecer o cansaço,
sorrir e se conter,
amar sem amar,
sentir sem sentir,
morrer por morrer,
reviver dentro de mim,
me consentir,
me repartir,
depois me acudir,
despertar pro espaço,
reviviver o passado,
escolher o presente,
descortinar o cansaço,
redescobrir meu acaso,
meu tempo,
meu ato,
reescrever outra peça,
sumir,
me revestir de mim,
reviver,
depois de tudo acontecer,
amar, sofrer e morrer!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
QUERO APENAS VIVER(ALMA DO SILÊNCIO)
E por conseguinte..... ,
vou assim dizendo,
vou me descrevendo,
se tiver que chover em mim,
que não seja uma garôa,
uma chuva fina,
que venha trovoadas,
que me deixe totalmente ensopada,
se tiver que cantar,
eu vou encher os meus pulmões,
mesmo que minha voz saia rouca,
mesmo que cante desafinada,
vou cantar bem alto,
vou deixar todo mundo louco,
se tiver que beber,
seja essa bebida doce ou amarga,
não me importa,
não quero tomar só uns goles,
quero ficar totalmente embriagada,
ficar inebriada,
eternamente apaixonada,
vou encher a cara de tanto amor,
se tiver que correr,
não vou ficar aqui pensando,
nem me demorando,
vou sair em disparada,
estou determinada,
vou suar as minhas idéias,
vou ficar ensandecida,
vou correr por toda a minha vida,
vou me empanturrar dessa bebida,
se tiver que sofrer,
por te merecer,
se tiver que sentir dor por me conter,
não vou me fazer de rogada,
vou enfrentar a dor,
com todo meu amor,
e não vou mais me abater,
depois deixar essa dor morrer,
e se ainda,
depois de tudo não tiver o teu amor,
não sei mais o que fazer,
mas vou te prometer,
não vou me ater,
nem me esconder,
vou ter de novo prazer,
em me enamorar,
em me ensinar,
em me amar,
vou aprender um jeito novo,
de me conhecer,
de me entender,
não quero mais saber de sofrer,
quero apenas viver!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
MEU SILÊNCIO(ALMA DO SILÊNCIO)
Silêncio....
meu silêncio assombroso,
que detém minha emoção,
calando a canção,
mostrando a plena sensação,
de pura tristeza,
de um beleza profana,
que estranha admiração
tenho por ti,
o silêncio que emana de mim,
por trás da cortina de fumaça,
me convém participar,
me fazendo deitar,
sem querer me aproveitar ,
meu silêncio.....
quero me advir,
sem saber de ti,
quero partir desse encontro,
desse encanto que tenho por ti,
surpresas carentes,
que mentes por acreditar assim,
são complexos meus desejos incertos,
são pensamentos incessantes,
que tornam a ir e vir,
estranha paz alcançada,
uma delicadeza assombrada,
uma sensação insensata,
medidas não tomadas,
que teimam em me perseguir,
oh me silencioso admirador,
meu segredo de paz,
meu silêncio,
meu algoz de mim,
me deito numa noite enluarada,
minha lua,
eternamente enamorada,
a pensar em ti,
lua que não para de me olhar,
não para de me assistir,
quer me ver partir,
lua de mim,
esse silêncio inconstante,
quer meu luar,
a penar por mim,
esse silêncio que mata,
que me fala,
não me deixa ir,
meu silêncio me fala,
me acalma,
por favor
não me deixa partir!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
MAR E LUAR (ALMA DO SILÊNCIO)
Anoitecia.......
eu continuei caminhando na praia,
sem rumo,
as luzes nas calçadas ainda acesas,
mas quase ninguém lá,
estava praticamente deserta,
e eu continuei sozinha,
sem medo,
ou talvez com muito medo,
desafiando,
e caminhando.....
escutava apenas o barulho das ondas,
elas estavam frenéticas,
o som se misturando,
com as batidas do meu coração,
a noite estava tão estrelada,
que eu quase sufocava,
uma noite assim.....
feita pra mim,
a lua gigante,
bem em cima de mim,
mas continuei caminhando.....
pensando,
sonhando,
rezando,
desejando me conhecer,
querendo acreditar mais ,
oh vida estranha essa,
que nunca começa,
que tarde termina,
as brumas branquinhas,
me levam a sonhar,
com tantas poesias,
me calam a alma,
me destroem a fala,
volto a minha antiga solidão,
minha perseguição,
meus sintomas de euforia,
sentindo tristeza e alegria,
sintomas de que mesmo?
me sinto enfraquecendo,
as pernas tremendo,
quanta solidão!!
meu peito acelera,
mas estou sem pressa,
preciso voltar,
fui longe demais,
estou sozinha,
nesta caminhada salgada,
caminho nessa volta,
olho para o mar,
totalmente encantada,
admirada,
às vezes a noite me da medo,
mas tenho que me apresar,
já esta tarde,
tenho que voltar....
que noite linda,
eu o mar e o luar!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
SEM PERCEBER(ALMA DO SILÊNCIO)
Sem pressa de chegar,
de alcançar meu destino,
de vivenciar a magia
de eternizar meu silêncio,
de somar minhas emoções,
de sentir minha carência,
sem pressa alguma de viver,
de renascer,
de conhecer,
sem nenhuma vontade,
sem excessos,
sem ressentimentos,
sem nada a oferecer,
sem me reconhecer,
sem pressa de ser ,
de conquistar,
de reviver,
só um delírio.....
enlouquecer....
amando ......
sem perceber
VOCÊ!!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
SOU METADE DE MIM (ALMA DO SILÊNCIO)
Sou metade de mim,
sou deficiente da alma,
sou pequena diante do todo,
sou dividida em pedaços,
sou comprimida,
sou desmedida
sou sem medida
e assim
me desfaço,
mesmo sem ser,
sou a metade
de um laço,
me desamarro,
depois me comprazo,
sou o meio sem o fim,
sou o tudo e o nada,
sou um traço,
me enlaço nesse abraço,
me conduzo no espaço,
sou feita de aço,
só sou completa,
quando
te abraço!!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
ERA APENAS UM SONHO (ALMA DO SILÊNCIO)
Apenas escutava o som,
sentia suas vibrações,
queria tocar ,
mas não podia,
queria sentir,
mas não sabia,
era um sonho,
e ela não entendia,
toquei diversas vezes,
a musica saiu desafinada,
eu estava desconsolada,
ficando agitada,
era um sonho,
e ela não percebia,
dançando por ai,
descalça,
queria se permitir,
queria muito curtir,
bailar,
fantasiar,
desejar,
mas era só um sonho,
e ela não sentia,
então bailava,
sorria como uma menina,
era tudo que ela queria,
dançar sua ilusão,
vestir sua fantasia,
ela flutuava,
voava nas assas dos seus sonhos,
dos seus delírios,
ela só queria dançar,
só queria sonhar,
e ficar ali,
apenas ficar ali,
sem nada a pedir,
sem nada mais a declarar,
nem a ela mesma escutar,
ela só queria flutuar,
somente flutuar,
mas era apenas um sonho,
ela nunca entenderia,
nunca saberia,
deixa ela dançar,
deixa ela voar,
deixa ela sonhar!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
QUASE VIVO (ALMA DO SILÊNCIO)
Ainda não sei o que aconteceu,
nem sei direito como foi,
às vezes quero uma explicação,
mais ai desisto,
deixo pra lá,
não quero mais saber,
foi tão difícil de esquecer,
então prefiro ficar assim,
sem nenhuma conclusão,
quando quero fugir vou pra lua,
vôo pelos mares,
conquisto a aurora,
porque a vida não é fácil,
ela tripudia de você,
sem nenhuma demora,
não pense em querer esquecer,
não vai conseguir,
então convive com isso,
ai dentro,
aqui dentro,
meu colo e sua mente,
meu coração e sua alma,
são totalmente dementes,
somos tão diferentes,
o sol e a lua,
o doce e o amargo,
gosto de pecado,
aroma adocicado,
desejo incontrolado,
somos assim eu e meu eu,
muitas vezes desconhecidos pra mim,
nem tão sabido,
que nem me atrevo,
a perguntar por mim,
sinto falta de maturidade,
mas quer saber,
ainda prefiro desse jeito,
que sonhar com despeito,
à saber de mim,
e você?
quem me dera conhecer,
quem me dera entender,
mas de novo:
ai de mim,
que sou assim,
ai de mim?
que nunca calo,
sempre falo,
e depois me abandono,
e cedo me dano,
sou mesmo antes desse tempo,
vivo antes de ontem,
quero ser depois de amanhã,
então tente me entender,
tente me decifrar,
porque eu mesma,
não consigo,
um dia tudo se esclarece,
tudo se esquece,
e eu vivo de novo,
antes de morrer
eu quase vivo!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
ME RESTA ESSA FESTA (ALMA DO SILÊNCIO)
Fico aqui nesse canto esperando meu pranto passar,
quero todos me olhando,
me vendo arrasar,
mas essa festa vai ter que esperar,
ela é demorada,
só o tempo me dirá,
quero dançar ao som dos ventos,
cantar com meus pensamentos,
mas esse desejo também vai ter que ficar,
quero voar , correr pra bailar,
mas nem todos os goles vou poder tomar,
essa festa é o que me resta,
quero encontrar paz,
quero derramar felicidade,
pra quem quiser achar,
mas antes de tudo,
quero encontrar você primeiro,
quero poder conversar,
quero entender,
quero te conhecer,
antes da festa começar,
vou me enfeitar toda pra te encontrar,
vou querer conhecer a dança que vamos dançar,
o que me resta é poder cantar,
cantos de desatinos,
cantar desafinadamente,
demoradamente,
sem ninguém nos perturbar,
quero entrar nessa festa,
quero encontrar minha peça,
não quero ter que fugir de te falar,
vou me aproximar de você,
você vai me reconhecer ,
e vamos nos apaixonar,
vai ser nessa festa que vamos nos enamorar,
vamos dançar a noite inteira sem parar,
você cantando no meu ouvido,
e eu te amando por te ouvir cantar!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
FADA-ANJO (ALMA DO SILÊNCIO)
Nas asas dos meus sonhos ,
fui acordada por uma fada,
ou um anjo,
ao certo não sei bem dizer,
só sei que tinha grandes asas e me acordou,
fiquei alucinada,
as asas eram enormes,
meus medos afloraram,
mas não me detive,
logo perguntei:
porque aquele sonho?
a fada -anjo, vou assim chamá-la,
na hora não me respondeu,
só me olhava
me deixava um pouco envergonhada,
mas continuei insistindo,
porque aquele sonho?
algum tempo depois,
ela me disse:
isso não é um sonho,
você e eu realmente existimos,
eu disse eu sei que eu existo,
mas e você?
ela me disse que também existia,
logo estava ali,
bem de perto me olhava,
ela me disse assim:
você também é uma fada,
precisa aprender a voar,
eu comecei a rir,
e ela enfadonha,
começou a praguejar,
eu disse:mas fadas não fazem isso,
ela me disse ,
você tem que me escutar,
voe bem pra longe,
este aqui não é o seu lugar,
vá até os céus e comece a voar,
seu caminho é longo,
precisa começar,
ela foi embora,
e me deixou a desejar!!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
NÓS MULHERES (ALMA DO SILÊNCIO)
Às vezes sofridas,
largadas,
esquecidas,
às vezes até desmerecidas,
afinal somos mulheres,
damos a vida,
mulheres romanticas,
mulheres feias, amargas e feridas,
bonitas, magras e coloridas,
não importa,
somos feitas pra viver,
deveríamos saber,
temos o direito de nascer,
de renascer,
não devemos baixar a cabeça,
nunca deixar o mundo nos desmerecer,
somos feitas de aço,
trabalhamos,
nos arrumamos, e no final do dia,
ainda amamos,
somos mulheres,
somos um outro ser,
amamentamos,
damos prazer,
quem somos nós afinal,
somos ela, eu e você,
abaixar a cabeça?
deixar nos maltratar?
jamais,
nunca devemos deixar isso acontecer,
somos melhores,
somos mais fortes,
estamos sempre prontas pra ir a luta e vencer,
eu sou uma delas,
eu vou à luta,
e você?.........
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
VOU VOAR ATÉ VOCÊ (ALMA DO SILÊNCIO)
Escrever pra mim é uma continuação
do meu ser
é uma das minhas grandes emoções,
escrevo sempre o que sinto,
simplesmente vou indo,
sem perceber
já foi uma linha, um traço,
um verso, um poema,
não penso muito no que vou escrever,
vou indo e indo,
às vezes triste,
às vezes feliz,às vezes solidão,
são sempre várias emoções,
porque eu sou assim,
um pouco prolixa.,
tenho coragem pra me enfrentar,
mas sofro por assim estar,
às vezes sou egoísta,
gosto tanto dos meus amigos,
que quero eles só pra mim,
fico com a cara amarrada,
fico fora de mim,
logo passa e volto ao normal,
sou especial,
porque todos nós somos,
afinal somos filhos e filhas de alguém,
queria poder voar,
voar de verdade,
tenho tantas coisas pra dizer,
tantas coisas pra escrever,
um dia saio de mim,
deixo minha alma livre,
e vou flutuar por aí,
vou conhecer o mundo,
vou até ai, onde você está,
vou voar até você!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO
A PORTA DO MEU CORAÇÃO (ALMA DO SILÊNCIO)
Ao abri aquela porta,
reconheci que já não deveria entrar,
ainda assim entrei,
sem querer escutar,
meu coração batia acelerado,
descompassado,
era a porta da minha liberdade,
a porta da minha verdade,
entrei devagar,
querendo não lembrar,
mas a vida não deixa furos,
ela tem que invadir,
tem que participar,
eu sabia que não deveria ter entrado,
não tinha que ter escutado,
mas teimosa como sou....
não escutei a voz da razão,
desesperada como sou,
escutei apenas a voz meu coração,
não tinha duvidas de que eu saberia,
não tinha nenhuma esperança,
era a minha saída,
era minha vida ,
entrando em ação,
mas eu insanamente louca,
nunca escuto nada,
sempre parada ,
fico sentindo essa sensação,
desanimada e assustada,
percebi angustiada,
que era eu
que estava ali parada,
que estava beirando a loucura,
que era eu quem estava ali,
dentro daquela porta,
querendo abri--la ensandecida,
desde o inicio eu sabia,
nunca deveria ter aberto aquela porta,
nunca saíria daquele caminho,
aquele era o caminho do meu desesperado coração!!
ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO