Projeto prevê cursos de formação profissional para crianças e jovens carentes da região
A Petrobras e a Fundação Macaé de Cultura assinaram nesta quinta-feira, dia 20 de julho, o convênio que prevê a revitalização do Cine Clube Macaé que, a partir de então, passa a ser chamado Cine Clube Macaé Petrobras. Com duração de 20 anos, o convênio prevê a reforma das instalações físicas do prédio, construído na década de 60, além da criação de um centro de qualificação profissional voltado para a comunidade.
Assim, além da sala de projeção ─ que se destinará também à apresentação de outras manifestações artísticas ─, o novo prédio contará ainda com uma sala de arte contemporânea, um centro de memória fotográfica, uma biblioteca especializada, estúdios multimídia e espaços dedicados à formação profissional. Serão oferecidos cursos de história da arte, arte contemporânea, balé, dança, teatro, informática, além do profissionalizante de áudio visual, que formará profissionais em nível técnico e superior.
Os cursos serão voltados, prioritariamente, para crianças e adolescentes que vivam em situação de vulnerabilidade social, e atenderão 2,5 mil jovens anualmente. Para isso, o centro profissionalizante atenderá às exigências do Ministério da Educação. Segundo os arquitetos responsáveis pelo projeto, João Uchoa e Pedro Seiblitz, a escola de áudio visual contará com um estúdio profissional com quatro câmeras, três ilhas de edição e uma central de produção equipada para trabalhar com padrões e formatos diversos.
Presente à cerimônia de assinatura do convênio, o gerente geral da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UN-BC), Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição, lembrou que a empresa investiu, em 2006, R$ 7,5 milhões em ações de Responsabilidade Social para a região da Bacia de Campos:
“Investiremos R$ 7 milhões nas obras e outros R$ 11 milhões em manutenção do Cine Clube Macaé Petrobras ao longo dos vinte anos previstos pelo convênio. Com isso, estamos resgatando um prédio de muita importância para a sociedade macaense. O mais importante, no entanto, será o cunho social que daremos ao projeto, com os cursos voltados para a comunidade, com os quais pretendemos estar contribuindo para a inserção social dos jovens da região”, afirmou Carlos Eugenio.
A secretária especial de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer de Macaé, Ivana Mussi, destacou que, com a criação do centro de formação profissional os jovens da região não precisarão mais sair da cidade para buscar qualificação: “Eu mesma fui obrigada a sair de Macaé em busca de especialização na minha área, o balé”, lembrou.
A presidente da Fundação Macaé de Cultura, Conceição de Maria Pereira Alves Rosa, lembrou que o espaço atenderá todos os municípios da área de abrangência da Bacia de Campos: “Este espaço prevê a integração e a inclusão social de artistas e jovens de toda a região, fazendo de Macaé uma cidade mais humana. Será, como todos os palcos, um local sagrado”.
Para o gerente de Comunicação e Segurança de Informações da UN-BC, Lincoln Weinhardt, a assinatura do convênio “marca os 30 anos de produção da Petrobras na Bacia de Campos”. Responsáveis pelo projeto, os arquitetos João Uchoa e Pedro Seiblitz adicionaram à estrutura original elementos que servirão para manter o aspecto contemporâneo do prédio: “Criamos uma cúpula, feita em fibra de vidro, em forma de alga marinha, criando uma relação de proximidade com a cidade”.
Também compareceram à cerimônia, o prefeito de Macaé, Riverton Mussi, o presidente do Cine Clube Macaé Petrobras, Luiz Cláudio Lélis, além de gerentes da Petrobras e autoridades dos 13 municípios que compõem a área de abrangência da Bacia de Campos.