A Petrobras demitiu na noite desta terça-feira (18) altos executivos da Diretoria de Engenharia por conta dos escândalos de corrupção. Essa área é responsável pelas licitações e contratações de empreiteiras.
Segundo a Folha apurou, as demissões são consequência das sindicâncias internas realizadas pela estatal para apurar o envolvimento de funcionários nos casos de superfaturamento de obras.
Dois ex-diretores da empresa, Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Engenharia), estão sendo acusados pelo Ministério Público de receber propinas de empreiteiras contratadas pela estatal.
Costa decidiu fazer acordo de delação premiada e admitiu cobrar de 1% a 3% do valor dos contratos em propina. Duque nega as acusações e está preso temporariamente.
Segundo a Folha apurou, Glauco Colepicolo, gerente geral de Engenharia, estaria entre os demitidos. A reportagem não conseguiu contato com ele até a publicação deste texto.
Funcionários da estatal afirmam sob condição de anonimato que os colegas demitidos da área de Engenharia são ligados a Duque e ao ex-gerente executivo do setor, Pedro Barusco.
Barusco também fechou acordo de delação premiada e vai devolver US$ 97 milhões cobrados em propinas e depositados no exterior.
Procurada, a Petrobras não se manifestou até a publicação deste texto.
