Com o propósito de aumentar a produção de petróleo, a Petrobras, por meio da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UN-BC) deu início ao projeto de Desenvolvimento Complementar do Campo de Albacora.
O plano consiste em desenvolver novas áreas produtoras, melhorar a drenagem dos reservatórios e adequar as plataformas para receber a nova produção. Desta forma, estima-se que o acréscimo na produção compensará o declínio natural desse campo maduro e permitirá a manutenção da produção, por muitos anos, em patamares superiores a 100 mil barris diários de óleo.
De acordo com o coordenador do projeto, Jader Brito de Azevedo, a utilização de novas tecnologias será determinante para alcançar o resultado esperado. Uma delas é o sistema Raw Water Injection (RWI), que capta água do mar e faz a injeção no reservatório ao invés de captá-la na plataforma, como acontecia anteriormente.
O plano de ação conta ainda com a perfuração de 19 poços (sendo 10 produtores e 9 injetores de água) e instalação de um manifold de produção para auxiliar o escoamento do óleo em áreas mais distantes.
“Com a utilização da tecnologia do RWI, associada a outras que estão sendo desenvolvidas, a Petrobras terá condições de aumentar e prolongar a produtividade do Campo de Albacora, além de incorporar reservas”, reforça Azevedo ao informar que os investimentos para o Desenvolvimento Complementar de Albacora ultrapassam US$ 1,3 bilhão.
“A Bacia de Campos está numa fase importante de sua história, descobrindo novas oportunidades em campos antigos. Estas conquistas são possíveis, porque há um compromisso em buscar alternativas através de estudos e aplicação de novas tecnologias. Certamente, estes trabalhos se perpetuarão daqui para frente”, ressalta Azevedo.
Localizado a 110 quilômetros do farol de São Tomé, no município de Campos dos Goytacazes e a 170 quilômetros da costa de Macaé, o Campo de Albacora foi descoberto em 1984, mas começou a produzir três anos depois, em 1987. Considerado o primeiro campo gigante da Bacia de Campos está em uma área de 455 quilômetros quadrados e possui duas plataformas de produção: P-25, que está em lâmina d’água de 575 metros e a P-31, que está a 325 metros de lâmina d’água. A primeira plataforma do campo foi uma do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, estocagem e armazenamento) P.P. Moraes.