10 mil ciclistas conquistam as curvas da estrada de Santos

ciclistas 10 mil ciclistas conquistam as curvas da estrada de Santos
Massa de ciclistas esperam para atravessar a balsa Área de Proteção Ambiental Bororé-Colônia; organizadores estimam que 10 mil pessoas tenham participado da 4a Rota Cicloturística Márcia Prado. Foto: Henrique Andrade Camargo

Era quarta-feira, 14 de janeiro de 2009, por volta das 11h50, na Avenida Paulista, em São Paulo. Nesse dia, horário e local, um ônibus atropelava uma ciclista. Ela era Márcia Regina de Andrade Prado, uma massagista apaixonada por bicicleta.

O triste episódio tinha tudo para entrar para as estatísticas de vítimas do violento trânsito paulistano. Mas não. Márcia se transformou em um símbolo para os ciclistas da cidade. Uma verdadeira mártir. Tanto que dá nome a um dos eventos de ciclismo mais importantes do Brasil: a Rota Cicloturística Márcia Prado.

A grande mídia não fala muito disso, mas ele existe sim. Ontem (9), quando se realizou a quarta edição do passeio, inacreditáveis 10 mil ciclistas (eu era um deles) – informação não oficial dada pelos organizadores – mostraram como o evento já entrou para o calendário dos amantes da magrela.

estrada 10 mil ciclistas conquistam as curvas da estrada de Santos
Da estrada velha de Santos, o clímax do passeio, pode-se ver a nova que, suspensa, atravessa a exuberante Serra do Mar. / Foto: Henrique Andrade Camargo

Trata-se de um passeio realizado anualmente pelo Instituto CicloBR para lembrar a morte de Márcia e jogar na cara dos governantes o descaso para com os ciclistas.

O trajeto começa na ciclovia da Marginal Pinheiros, na capital, passa pela Área de Proteção Ambiental Bororé-Colônia, por São Bernardo do Campo, pelo Parque da Serra do Mar, chegando a Cubatão e, finalmente, Santos. Essa teria sido a última viagem de bicicleta realizada por Márcia.

No caminho, passamos por paisagens contrastantes, como a Sampa rica, das regiões da Cidade Jardins e Berrini, e a pobre, lá do Grajaú. Ou a Sampa cinza e o verde fantástico da Serra do Mar. É Mata Atlântica na veia (para uns mais literalmente do que para outros – entenda melhor no vídeo abaixo feito por um dos ciclistas). Passamos por estradas de terra, de asfalto esburacado, por rodovias ótimas, subidas (muitas subidas) e, logicamente, a cereja do bolo: a estrada velha de Santos (é Roberto Carlos. Elas são apaixonantes).

Mesmo com tamanha mobilização, os organizadores lamentam que o poder público das cidades atravessadas pela rota não deram a mínima atenção ao evento.

É assim tão difícil entender o que as pessoas querem? Ou será que os políticos ainda acham que se não saiu na mídia de massa o negócio não existe?

* Publicado originalmente no site Mercado Ético.

(Mercado Ético)
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