Camargo Correa e GDF-Suez que têm de ser punidas e não os trabalhadores de Jirau

Os paladinos da repressão covarde contra os trabalhadores oprimidos de Jirau, não tem a mesma atitude quando se trata de apurar os crimes de desvio de recursos públicos e as irregularidades trabalhistas feitas pela Camargo Corrêa e GDF-Suez (Consórcio ESBR). Ou estes caluniadores da luta operária são mal informados, ou são mal intencionados e/ou também levam algum na nessa história:
A Camargo Corrêa e GDF-Suez roubam milhões com o superfaturamento da obra da usina hidrelétrica Jirau. O custo inicial da obra era de R$ 8,7 bilhões de reais e hoje ultrapassa o astronômico valor de R$ 15 bilhões. Esse dinheiro é subtraído principalmente dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) desviados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para projetos do PAC. O BNDES concedeu para Jirau o maior financiamento dado a um único projeto em toda sua história.
Outro crime que os caluniadores e apoiadores da repressão patronal escondem são os crimes financeiros e de lavagem de dinheiro cometidos pela Construtora Camargo Correa, que foram expostos pela Operação Castelo de Areia da Polícia Federal deflagrada em 2009. A investigação foi abafada devido ao poder econômico e influência politica da Camargo. Entre os políticos que aparecem como beneficiários na contabilidade paralela da empresa figura o vice-presidente da República Michel Temer. Já a presidente Dilma Rousseff recebeu da Camargo Correa mais de R$ 9 milhões para sua campanha eleitoral presidencial.
Outro crime da ESBR/Camargo Corrêa são as terceirizações ilegais que causam enormes prejuízos aos trabalhadores, como é o caso dos mais de 80 operários da WPG que prestavam serviços de desmatamento e foram abandonados no canteiro de obras de Jirau pelo sub-empreiteiro do consórcio ESBR, Júlio Cesar Schimitt, e estão sem receber salários e demais direitos trabalhistas desde setembro do ano passado e com as carteiras em aberto. Muitos deles sobrevivem, desde então, de forma precária em um hotel do centro de Porto Velho, sem receber da ESBR que tem a obrigação de quitar o passivo trabalhista.
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