Comunidades indígenas são as maiores prejudicadas pelo projeto. | Antônio Cruz/ABr
No último sábado, 20 de agosto, manifestantes de diversas cidades do país realizaram protestos contra o avanço das obras de construção da Usina de Belo Monte, no Pará.
Em Brasília, cerca de 100 manifestantes integraram a mobilização, que reuniu indígenas e defensores do meio ambiente em frente ao Congresso Nacional.
Já em São Paulo, os organizadores do evento calcularam a presença de cerca de 2 mil pessoas que ocuparam a Avenida Paulista e interromperam o trânsito por 30 minutos. Em seguida, os ativistas queimaram um boneco de palha e colaram cartazes na porta do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O historiador Leandro Cruz afirmou aos repórteres da Agência Brasil que o empreendimento “não é vantajoso” para o país porque destrói o meio ambiente, elimina recursos naturais e dizima a cultura “ancestral” de povos da floresta. Ainda de acordo com Cruz, “a sociedade brasileira ainda não tomou conhecimento do impacto que a obra causará. É uma luta bem difícil”, afirma.
Projetada na década de 70, somente em 2010 a Usina Hidrelétrica de Belo Monte recebeu a licença prévia através do Ibama. Com a autorização do Governo Federal, foi dado início às obras e surgiram protestos em diversos pontos do país. Para esta segunda-feira (22), estão marcadas manifestações em frente aos consulados e embaixadas brasileiras dos Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e outros 16 países.
*publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)