Enquanto isso, engenheiros e sapadores turcos, mais poderosos canhões, conseguiram abrir uma brecha. Os soldados entraram, transformaram em escravos aqueles que não foram passados pelas armas e a cidade, até hoje, chama-se Istambul...
A historia se conta a propósito de outra dúvida que assola não apenas o governo Dilma Rousseff, mas imobilizou governos anteriores: quem identificar e punir primeiro, os corruptos ou os corruptores?
Tudo começou, faz tempo, quando funcionários públicos descobriram que podiam aumentar seus rendimentos despachando com rapidez ou lentamente processos e licenças para a construção de obras públicas, em troca de comissões e propinas. Eram os corruptos.
A sucessão de estradas, ferrovias, pontes, túneis, viadutos, portos e toda a parafernália de transportes foi criando empresas especializadas, as empreiteiras, todas interessadas em lucrar o máximo. Criaram seções especializadas em obter favores do poder público em troca de vantagens para seus funcionários. Eram os corruptores.
Com o tempo, o casamento tornou-se indissolúvel entre eles, a ponto de uns tornarem-se outros, e outros, uns. Funcionários viraram empreiteiros e empreiteiros viraram funcionários. . .
O fenômeno estendeu-se a outras atividades do serviço público.
Compras, licenciamento, perdões fiscais, exportações e importações, tudo formou monumental conluio de corrupção. Até encarregados de traçar a política bancária tornaram-se banqueiros. E banqueiros, encarregados das diretrizes bancárias.
Encontra-se o governo Dilma Rousseff na transcendental dúvida de investigar e punir os corruptos ou, primeiro, cuidar dos corruptores.
Enquanto isso, os turcos estão chegando… "Wise men talk because they have something to say; fools, because they have to say something".
"Os homens sábios falam porque têm algo a dizer; tolos, porque têm que dizer alguma coisa".