Globo reconhece direito de resposta

O site do programa "Linha direta" ( http://linhadireta.globo.com/ ) traz a chamada EX-PRESO POLÍTICO REBATE ACUSAÇÃO DO ADVOGADO DO CABO ANSELMO, que remete à seguinte notícia:
O chat realizado após a exibição do “Linha Direta Justiça” sobre o cabo Anselmo (programa de 05/07) causou polêmica. 

 

O jornalista e ex-preso político Celso Lungaretti decidiu contestar declarações de Luciano Juliano Blandy, advogado de Anselmo, ex-marinheiro que aderiu à luta armada após o golpe de 64 e depois passou a trabalhar como agente do regime militar infiltrado nas organizações de esquerda. Ao falar no chat sobre o processo que Anselmo (foto do destaque) move pedindo anistia e indenização ao governo, o advogado citou exemplos de pessoas que, segundo ele, também teriam traído a luta armada. Foi neste momento que Luciano mencionou o nome de Lungaretti, acusando o ex-guerrilheiro de colaborar para o cerco e execução do ex-capitão Carlos Lamarca, fuzilado pelas forças de repressão.

- A acusação que ele me fez no chat, de ter sido delator, foi desmentida em 2004 pelo historiador Jacob Gorender, depois que lhe enviei um relatório secreto militar que viera a público e confirmava inteiramente minhas alegações. Em carta enviada à imprensa, Gorender me isentou de qualquer responsabilidade pela descoberta da escola de guerrilha e o cerco a Lamarca. Exumar essa versão já superada foi uma represália do advogado por eu ter escrito e divulgado, na véspera do debate, um artigo contundente sobre o Cabo Anselmo, intitulado “Anistia para um canalha” – afirma Lungaretti.

Durante o chat, do qual participou também o jornalista e ex-guerrilheiro Ivan Seixas, o advogado de Anselmo procurou defender a tese de que o ex-marinheiro merece ser indenizado e anistiado pelo governo porque foi expulso da Marinha após o golpe militar de 64, tendo seus direitos cassados. Ele alegou que o comportamento de Anselmo é comparável ao de tanto outros que militavam na época. Ivan Seixas saiu em defesa dos nomes citados pelo advogado, entre eles o de Lungaretti:

- Eu acho um absurdo o que você está falando. Essas pessoas todas que você falou, elas foram presas, foram muito torturadas e elas não colaboraram. Não passaram a ser assassinas a serviço do Estado. Elas passaram a ser presas e perseguidas. Você colocar em pé de igualdade as pessoas torturadas com um cara desses (Anselmo), me desculpe, mas é inaceitável. Não tem o mínimo sentido. Os critérios para aceitação do processo de anistia com certeza são de perseguição, de pessoas que tiveram suas vidas prejudicadas. Esse cara (Anselmo) foi assalariado, você sabe disso.

O reconhecimento do direito ao contraditório por parte da Rede Globo é importante, inclusive, por fixar a responsabilidade de um veículo de comunicação no chat por ele promovido. Como se trata de uma extensão do programa que foi levado ao ar, deve respeitar também as regras jornalísticas, inclusive o direito de resposta a quem seja citado de forma injuriosa, como foi o meu caso. Isso não aconteceu durante o chat, quando minhas repetidas mensagens foram ignoradas pela Produção, mas foi corrigido a posteriori pela Globo, que adotou o procedimento correto e cabível.


 

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