A Caixa Econômica Federal contratou, até setembro, cerca de 6,5 milhões de empréstimos sob Penhor. Destes, 2,5 milhões são referentes ao Micropenhor, modalidade especialmente destinada às pessoas de menor renda, que apresentou um crescimento de aproximadamente 40% em relação ao mesmo período de 2009. A elevação do limite máximo da operação, em março deste ano, de R$ 1.000 para R$ 1.500, é o principal motivo pelo crescimento.
O superintendente nacional de Clientes Pessoa Física Renda Básica da CAIXA, Humberto Magalhães, reforça que o Penhor da CAIXA é uma excelente alternativa para toda a população brasileira, correntistas ou não do banco. "Muitas vezes, a pessoa precisa de um recurso para realizar um negócio urgente e tem no Penhor da CAIXA uma alternativa rápida, simples e com juros baixos. Não é necessária a apresentação de avalista e o dinheiro é liberado na hora", lembra Magalhães.
Na iminência de completar 150 anos, o Penhor da CAIXA segue popularmente conhecido por características como facilidade, agilidade na contratação e excelente opção para quem busca crédito a juros baixos. A versatilidade é outro fator relevante que se reflete na utilização do empréstimo por diversos públicos, atendendo tanto as expectativas de clientes que buscam, por exemplo, a reestruturação financeira, e encontram no empréstimo um fôlego para reorganizar seu orçamento, quanto a clientes que necessitam de recursos para uma necessidade imediata.
Pesquisas da CAIXA revelam que a Região Sudeste responde por 45% dos clientes de Penhor e que o produto é contratado predominantemente por mulheres (cerca de 75%) com idade entre 35 e 50 anos. Cerca de 35% dos clientes são autônomos ou aqueles que têm seu negócio próprio e pelo menos 78% do total dos clientes já utilizaram esse tipo de empréstimo mais de uma vez.
COMO CONTRATAR
Para contratar uma operação de Penhor basta apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além dos bens que servirão de garantia, que podem ser joias e outros objetos de valia, como metais nobres, diamantes e relógios ou canetas de alto valor. Para liberação do empréstimo, não é realizada pesquisa cadastral. O limite mínimo é de R$ 50,00 e o máximo de R$ 100 mil por cliente.
As agências da CAIXA estão habilitadas para operar com Penhor e podem ser consultadas no sítio da CAIXA (http://www1.caixa.gov.br/atendimento/index.asp). Os prazos de contratação variam de um a 180 dias, renováveis em qualquer uma das 2.100 agências do banco.
O Micropenhor é uma modalidade alternativa de crédito fácil e juros mais baixos. Nos contratos de Micropenhor, destinados a clientes com menor renda, o empréstimo é limitado a R$ 1.500 por cliente, com taxa de 1,95% ao mês. Os documentos exigidos, as garantias e os prazos de contratação são os mesmos do Penhor tradicional.
HISTÓRIA DO PENHOR EM EXPOSIÇÃO
A CAIXA realiza exposição sobre a história do Penhor até o dia 29 de novembro, na Agência Ipiranga, em São Paulo/SP. A exposição é aberta ao público de segunda a sexta, das 10h às 16h, com entrada gratuita. A Agência Ipiranga fica na Rua Silva Bueno, 1884, no bairro do Ipiranga, na capital paulista. Neste ano, a exposição já passou pelas agências Artur Azevedo, Jabaquara e Praça da Árvore.
Quando iniciou suas atividades no Rio de Janeiro, em 12 de janeiro de 1861, a então Caixa Econômica da Corte dispunha, além da Caderneta de Poupança, do Monte de Socorro que, como o próprio nome sugere, era o local onde as pessoas buscavam socorro para suas dificuldades financeiras. Esses estabelecimentos, inspirados nos Montes de Piedade europeus, concediam empréstimos sob garantia de joias e metais preciosos, a juros baixos.
O sucesso da Caixa Econômica e do Monte de Socorro da Corte fez com que D. Pedro II autorizasse a instalação de empresas semelhantes nas principais capitais de províncias do Brasil. São Paulo e Rio Grande do Sul foram as primeiras províncias a receber esses estabelecimentos, em 1875. O Monte de Socorro, ou Penhor, representava uma saída segura para milhares de pessoas que necessitavam de um empréstimo, mas não podiam obtê-lo num banco comercial.
Entretanto, a atividade de penhora de bens ainda não era exclusiva da Caixa. Particulares também podiam explorar esse segmento. Mas, com raras exceções, esses estabelecimentos quase sempre lesavam seus clientes. Somente a partir de 1934, o Penhor passou a ser exclusividade da CAIXA.