Nomenclatura inspirada na “Força Bruta”, e menos no Estado Presente, com Escola, Saúde e Trabalho, no mais das vezes, os grandes ausentes dos Morros Cariocas, desde o sempre, o Estado, via “Aparato Militar”, como uma Força de Ocupação Estrangeira, tratando o Cidadão das Comunidades Carentes menos que como “Cidadão”, parece enxergar no seu Contingente Policial a via única para a incorporação dessas áreas à Malha Urbana do Rio de Janeiro, tal “Nomenclatura”, no entanto, nos remete a lembrar do Patrono do Exército Brasileiro, tamanha a importância que se confere ao evento, o Prestigiadíssimo Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, justamente, quem ostenta na História o Título: “Pacificador”, numa menção a sua participação decisiva nos conflitos que culminaram no abafamento da Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul e na Campanha da Guerra do Paraguai, onde atuou com ferocidade implacável, não deixando pedra-sobre-pedra.
Diferente da Estratégia Clássica, meio que à “Moda Iraque”, com que sempre atuou naquelas Comunidades, a de forjar rides rápidos e mortais, invadindo os Morros atirando a esmo, para depois de afugentar o “Inimigo”, retornar para seus QG`s, a Polícia Carioca, depois de tanto enxugar gelo, pois tais Contingentes/ Marginais, sempre se reagrupavam, parece ter chegado a conclusão de que a “Operação” deve ser Permanente, via Ocupação à “Moda Haiti”, Ocupando e se Instalando, firmemente.
Resquícios de uma “Guerra” que já se evidenciava, em maior grau no Estado do Rio de Janeiro, como em outras Grandes Metrópoles do Brasil, tão logo viu sua “Seara” tradicional, as Favelas Cariocas, serem possuídas, finalmente, pelo Estado Brasileiro, por enquanto, via “Boca do Fuzil”, que, deverá ser seguida de Escolas, Postos de Saúde e Inserção Social, caso se queira alguma chance de sucesso, passada a fase inicial, a Bandidagem reage, chamando o Estado, agora, para o Enfrentamento noutro Teatro: o próprio Asfalto, na Rica Zona Sul, longe das suas Comunidades.
Manobra Clássica de qualquer “Manual” de Instrução Militar, o que se pretende em tal “Ação” é causar Choque na Opinião Pública, e retirar, mediante o Clamor Público, o Estado de seus calcanhares, nas Favelas.
Assim, as UPP `s, a principio, fruto de uma Estratégia Política, aparentemente, imediatista, que objetiva, tão somente, dar certo grau de “Segurança” ao Rio de Janeiro para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, do que, propriamente, uma Solução Definitiva para a questão da Segurança Pública no Estado, avassaladoramente, carrega consigo o “Estigma” do nome do nosso Maior Herói, e “Patrono”, o do próprio Duque de Caxias, vencedor de pelo menos duas Guerras: Farrapos e Paraguai, nas quais, ao que se sabe, o “Inimigo” não só foi derrotado, como também trucidado.
Ou, “Pacificado”, como queiram...
Será, afinal, isso que devemos esperar das tais UPP `s: Morticínio indiscriminado ???