Prelúdio de uma Batalha Campal que, possivelmente, será vista, e revista, na inexorável "Ocupação Brasileira da Amazônia", também em Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, dentro de um Projeto Auto - sustentável, e exigível, de Desenvolvimento, depois de muitas liminares, suspendendo o Leilão, e outras tantas, suspendendo a "Suspensão", finalmente a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, em plena Floresta Amazônica, no Estado do Pará, foi licitada, essa semana.
Destinada o ser o maior Parque Hidroelétrico genuinamente nacional ( Itaipu é Binacional, também pertencente ao Paraguai ), com potencial estimado de geração de energia de 11.500.000 MW, no seu auge, e tendo por estimativa potencial dito "Firme", estável, nos períodos de seca, em que diminui a sua vazão, cerca de 4.500.000MW , daí a critica quanto a sua viabilidade, e alto custo, cerca de 19 Bi, segundo previsão oficial, ou 30 Bi, segundo os opositores do projeto, até face ao preconceito político de estar abrigado, em tempos de Campanha Eleitoral, ao PAC, de Lula da Silva, e seu transitório mandato, um "Consórcio" integrados por Agências e Estatais Brasileiras, como a CHESF, e algumas reticentes Empresas Privadas, encamparam, sob promessa de Financiamento Público, pelo BDNES, a sua construção, em meio a comentários de possíveis abandonos.
Tão logo batido o "Martelo", surdo ao clamor que vem das ruas, mediante as evasivas das Construtoras Particulares, e especulações, o Presidente Lula, logo, apressou-se a sentenciar: "O Estado Brasileiro, enquanto Estado, se a Iniciativa Privada não fizer, vai construir Belo Monte!"
Contudo, diante do aparente Autoritarismo Presidencial, que não lhe é peculiar, a questão de Belo Monte, trás embutida em seu bojo, preocupações bem maiores do que a própria "Construção", em si, ou não, da Barragem, mas, trás a tona indagações sobre a própria "Ocupação", regrada ou não, Econômica e Industrial da Amazônia Brasileira, deslocando o Eixo Industrial do Brasil do Sudeste para o novíssimo Norte, não só no Estado do Pará, mas, como lança, também, uma sombra de duvidas sobre, pelo menos, dois outros grandes projetos, quais sejam Jirau e Santo Antônio, no "Amazonas", que visam a Ocupação, em definitivo,do Planalto Amazônico Brasileiro, como base de sustentáculo a Industrias e Grandes Cidades, sobre tudo, voltadas à Mão de Obra e Energia baratas, para sustentar grandes Plantas Industriais, voltadas à Exportação e ao capital Estrangeiro, como o fora a própria China Comunista.
Assim, enquanto Manaus/AM se afoga, à beira do próprio Rio Amazonas, o mais caudaloso do Mundo, sem, contudo, usufruir de Energia Limpa, como o é a hidroelétrica, fadada a consumir energia térmica, cara e suja, sendo, ainda assim, uma Ilha de Prosperidade em meio a Floresta Amazônica, o simples represamento de vastas áreas ribeirinhas, no Pará, ou no Amazonas, mexe, ademais, com Conservacionistas Ortodoxos, que ainda acreditam no Jardim do Èdem Brasileiro, e querem remeter o Brasil à Era das Cavernas, e lamparinas, como também, desloca, por atacado, Etnias e Povos Indígenas, inteiros, Historicamente instalados ao longo do Curso do Rio, para os quais se quer estabelecer, via Interesse Estrangeiro, nova "Cidadania", a fim de retaliar e fracionar o Brasil.
Questões, enfim, de fundo, que envolvem a discussão do próprio Projeto Capitalista do Estado Socialista Brasileiro, muitas vezes refém de Cartéis Econômicos Poderosos, em confronto com Interesses Populares , e Preservacionistas, legítimos, que há de se ouvidar, Belo Monte, converte-se, ademais, apenas, em mais uma "Batalha", eventualmente, vencida, pelo atual Estado Brasileiro, num Jogo de Interesses Escusos de Empreiteiras, Madeireiros e Políticos, que ameaça, infelizmente, se repetir, Amazônia afora.
Enfim, assim o é Belo Monte :
... um Belo, e viçoso Monte de indiscutíveis "Merdas", ainda por vir.