SIM MACONHA NO BRASIL

Aos 14 anos quando fumei meu primeiro cigarro de maconha, eu passava muito mal com uma crise de bronquite asmática, padeci na mão de médicos, hospitais na madrugada que meu pai com os poucos recursos que tinha, lutava para salvar a vida de seu único filho homem.
Minha mãe, com suas crenças na cultura popular fez por mim tudo que foi possível dentro das terapias caseiras de nosso Brasil bem como das ciências indígenas e africanas que formam a diversidade de nosso povo e da minha família. A cultura divulgada sobre a maconha não demorou a se abater sobre minha pessoa, com 15, 16 anos eu não entendia onde estava a marginalidade da qual me acusavam quando eu fazia uso de um medicamento condenado pela ignorância de poderes econômicos e sociais.
Aos 17 anos pedi a meu pai a emancipação para que assim eu manifesta-se minha opinião publicamente sem que meus pais respondessem por isso, assim aos 17 anos lá estava eu na Faculdade do Largo São Francisco em SP falando sobre o uso terapêutico e a descriminalização da Maconha
Conheci outras drogas, o álcool foi primeiro até que a veio a devastação, a COCAINA O CRAK, etc, etc, etc e a AIDS.
35 anos vi minha vida ir parar no Emilio Ribas, sem solução para a AIDS e muito doente resolvi me suicidar, não deu certo, então mudei para o mato, vim para Visconde de Mauá atrás da bebida indígena YAGÉ  ou AYUASCA, muito conhecida como Santo Daime, eu já tinha ouvido falar dos poderes deste chá sagrado para os índios e assim sem nada a temer, mas procurando um remédio e não um milagre, comecei a fazer testes, mesmo com a contestação de meus médicos.
Virei cobaia da floresta, comecei a plantar maconha e a fumar diariamente a seguir terapias sensatas que me deram esta sobrevida que tenho até hoje mesmo tomando o coquetel.
!991 definitivamente em Mauá e com a saúde restabelecida, comecei por necessidade em 93 e a saúde permitiu a combater incêndios florestais que ameaçavam e ameaçam constantemente as propriedades e este rico manancial que é a Serra da Mantiqueira.
Minhas atividades como profissional ceno-técnico me levaram a ter uma outra compreensão das ações de prevenção e preservação, e aqui em Visconde de Mauá junto ao PNI e Ibama Prevfogo, formamos a 1ª Brigada de Voluntários de Visconde de Mauá em 1999 e consequentemente em 2001 nossa iniciativa resultou na formação da 1ª Brigada Prevfogo PNI.
Para mim quando formamos a Brigada de Voluntários em 1999 já era de se esperar retaliações e intimidações, afinal não é somente incêndios florestais que atingem a região, caçadores, palmiteiros, passarinheiros, pescadores predadores cruéis e assim por diante, foi se delineando nossas ações que acabaram por viram um processo no Ministério Publico Federal de Resende bem como minha entrada em 2006 no PROVITA “Programa de Proteção a Vitimas e Testemunhas” do MPF.
Não era justo eu abandonar minha casa ter que explicar a um deficiente que ele não poderia mais voltar para sua casa, como explicar que os assassinos estavam na rua e nos é que estávamos presos e com a família esfacelada.
Sai 9 meses depois aguardei o pedido de 2 anos fora da região e ai em 2008 voltei eu e meu filho Rian que é deficiente.
Assim que me viram, homens que retiram areia do Rio Preto já vieram me perguntar se eu estava voltando para o Ibama, pediram que eu não volta-se, não me querem aqui, nem eles, nem caçadores etc., eu sou uma ameaça a sua sustentabilidade.
Ai meu primeiro incêndio de 2008 em uma madrugada, quando sai do mato pela manhã encontrei um caçador que já me vendo fardado e em combate, imediatamente falou:
“E A LIÇÃO QUE EU TE DEI NÃO VALEU ?
BOMBEIRO AIDETICO, FILHO DA PUTA CE TEM QUE MORRER SECO”
1999 a 2008 a 2010, Já tomei tiro em casa, apanhei na rua, por causa de pitbul, quase já me cegaram, por falta de higiene, fui agredido em ponto de ônibus por caçador ameaças de atropelamento e conselho de militares que dizem que não dá pra fazer nada o melhor é eu me mudar.
Bom diante das circunstancias, meio ambiente e saúde, expandi minha plantação de maconha, eu sabia que de qualquer maneira viriam contra mim, uma armadilha estava sendo planejada, ameaças e agressões não pararam e ai Boletins de Ocorrência Policial e Resende, Itatiaia, RJ e Bocaina de Minas, MG desde 1999 vão formando minha pasta da Defesa Civil SócioAmbiental.
Implantar estas ações de Defesa Civil, na mentalidade de nosso povo e que estas ações façam parte da educação nacional é um grande desafio que nossos Generais, Almirantes e Brigadeiros e subalternos deveriam por em pratica, esta deveria ser a meta do CREA e do Ministério da Educação e etc.
Não existe preservação muito menos reflorestamentos se os primeiros passos não forem precisos em ISOLAR A ÁREA E AFASTAR O PERIGO.

Assim com estas atividades criei meus 2 filhos, trabalhando com artistas, técnicos, engenheiros, bombeiros publicitários, professores, advogados, pedreiros, ajudantes de obras, militares, políticos e civis, formei minha opinião definitiva e assim sabendo que eu seria encarcerado a qualquer momento pelo uso, da maconha e vendo nosso poder publico podre pelo uso do álcool, onde a lei serve para os outros e não para nos, e a impunidade grassando em todos os poderes.
Diante de todos os fatos em minha casa , meu filho mais novo que na minha ida para o PROVITA ficou com sua mãe em SP, acabou se envolvendo com o Crak, Álcool e a Cocaina e veio a cometer furtos que resultaram em uma surra com um bastão da alumínio que o deixou com as duas pernas fraturadas e metalizadas bem como um dos braços, praticamente quase o tornando mais um deficiente para eu cuidar, hoje vive comigo sob extrema dor pelas fraturas e usa analgésicos alucinadamente, sob minha ordem, reduzi o numero de analgésico e aumentei a dose da maconha e o mínimo deslize para o retorno as drogas eu mesmo o denuncio, prendo ou interno se necessário.
O Rian acabou com tudo isto tendo aumento em seus transtornos psiquiátricos que resultaram em internações e tratamentos e medicamentos, somando-se a deficiência auditiva, sua existência sempre foi delicada, um rapaz amoroso e muito atencioso, que vive em seu mundinho todo especial de disco voadores e sua visão contundente desta sociedade.
Bem esta é a realidade não sei mais que fatos poderiam me livrar desta cadeia insana que me espera.
Sei que diante da realidade brasileira e mundial sobre a maconha o que posso afirmar é que:
Traficante é o Juiz o Promotor o Delegado, o Comandante Militar da Área e seus subalternos, traficante é o Presidente da Republica o passado e o presente, traficantes são os políticos que conhecendo a vida de milhares de pessoas como eu que honestamente vivem e fazem o uso da Maconha, venham a nos condenar a trancafiar-nos em suas masmorras sórdidas erguidas por suas mentes moralmente deficientes.

 
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