Quando o poder econômico suprime o bom senso e compra instituições

Este é um fato real por mim presenciado e relatarei até meu último dia, embora saiba que tentarão me calar. Mas sei que, apesar de todo o dinheiro e autoridade destes covardes, falta-lhes um bem precioso para uma vida digna, “Força Moral”. Se você tiver dúvida ou não acreditar, estou à disposição, meu telefone está no final.

Marco Sartori, 29 anos, solteiro, mora com a mãe separada. Estudou quatro anos na ESPM, mas não completou o curso por falta de recursos. Embora tenha dificuldades físicas e saúde fragilizada, desdobra-se em dois empregos mal remunerados para ajudar a mãe com aluguel e despesas do pequeno quarto onde moram, pois a renda de ambos ainda não permite que aluguem um lugar mais humanizado. Neste mês de fevereiro de 2010, segunda-feira dia 8, retornando de uma consulta médica, antes de ir para casa e entregar para a mãe o custoso dinheirinho do aluguel, decidiu entrar na fnac da Avenida Paulista onde sempre freqüentou; estava feliz, pois fora premiado com uma viagem em um concurso promovido ali, sentia-se bem naquele ambiente. Observando um produto e lendo instruções na embalagem, distraiu-se ao atender ao celular, e na procura de um sinal melhor de recepção não notou que estava fora da loja com o alarme antifurto disparado. Tentou entrar novamente na loja, mas foi truculentamente imobilizado por seguranças da graber e algemado por soldados da PM que sequer se deram ao trabalho de ouvi-lo ante a acusação de tentativa de furto forjada pela fnac, pois tinha dinheiro para pagar aquele misero cabo USB; ele argumentou que era apenas um mal entendido, porém os policiais estavam ali para servir e proteger os interesses da fnac e em comitiva o encaminharam ao 78° DP.
 
Lá chegando, ele teve seus pertences revistados pelos investigadores de plantão e pasmem, seu dinheiro em um envelope escrito mamãe havia desaparecido, ficando apenas R$80,00 em sua carteira e seus bens materiais que ultrapassavam em muito o valor do produto que a fnac afirmava ter sido furtado. Questionei pessoalmente os representantes da fnac e da graber sobre as imagens do circuito de segurança da loja, o que comprovaria que era mesmo um mal entendido, pois se tivesse mesmo furtado o produto, atravessaria a Avenida Paulista correndo e não estaria parado ao lado do alarme falando ao telefone e disposto a pagar se fosse obrigado; para minha surpresa recebi como resposta com muita empáfia de que isso de nada valia, pois naquele DP o que valia era a palavra deles. Fiquei e estou indignado, pois a autoridade apenas ouviu sem nenhum interesse o relato do acusado e o encaminhou à cadeia pública Pinheiros 1. Congratulou os crápulas da fnac e da graber e deu por encerrado aquele ato covarde, arbitrário e desumano que apenas serviu para satisfazer o ego imoral daqueles cretinos se comprazendo enquanto a vida de alguém era destruída. Com uma acusação falsa e um flagrante forjado de tentativa de furto, roubaram a dignidade de alguém cujo único crime foi nascer pobre e acreditar no bom senso e caráter dos homens que representam as instituições. E este fato prova que isso é uma utopia, pois a falta de escrúpulos será sempre seduzida pelo dinheiro. Para mim o que encerrou ali foram os sonhos e planos de um trabalhador brasileiro que pautava cada dia de sua vida na inspiração perseverante e empreendedora do apresentador Silvio Santos e na perspicácia criativa do publicitário Washington Olivetto quando afirmava, “se eles conseguiram um dia eu chego lá”. Sempre diz isso a todos que o conhece.
 
Parem a máquina publica, não precisamos de mais nada, agora temos fnac que em um período de três horas acusa, julga e sentencia qualquer cidadão sem chances de defesa. “A fnac tem um moderníssimo sistema de ‘Personal Delegade” e um exclusivo “Personal Police Platoon” que funciona bem com custo baixo para eles, mas caríssimo para a democracia e à decência das instituições.
 
Fica aqui o meu apelo à sociedade, para que tenha o mínimo senso de humanidade, para que não deixe isso passar em branco; aos amigos que conhecem o Marco Sartori desde sua infância e sabem de seu caráter e valores, vamos levar esse caso a todos os brasileiros que acreditam na justiça e no direito de viver com respeito e dignidade. Vamos repassar este caso a todos os nossos amigos e conhecidos como uma corrente de solidariedade e repúdio a esta atitude discriminatória da fnac, local onde se você não estiver trajando uma roupa de grife não será abordado por um atendente e sim seguido por um segurança. Pergunto a todos como ficou o coração da mãe quando o filho não voltou para casa? Certamente aqueles algozes não têm mãe. Quem reintegrará este homem aos seus empregos visto que agora ele está marginalizado injustamente? Como ele honrará seus compromissos sem condições de trabalho e na condição humilhante de criminoso sem ter cometido de fato nenhum crime? Espero que a mídia em geral tenha a coragem de expor este fato e não se intimide com o poder econômico, pois, alguns jornalistas que tentei relatar isso apenas sorriram e me disseram que o momento é das enchentes neste ano eleitoral.
 
Se você é promotor, juiz ou outro membro do ministério público, peço-lhe que aprecie friamente, mas com humanidade, os fatos que lhes são apresentados, porque denúncias aparentemente perfeitas como esta podem ocultar a verdade e a injustiça pode ser reiterada.
 
Se você é corregedor, não permita que este câncer se alastre em sua instituição, maculando a dignidade e comprometendo a moral de todos que fazem de sua vocação uma profissão exemplar e uma história de vida gloriosa.
 
Se você trabalha na fnac, saiba que também é cúmplice de toda essa prepotência de uma empresa gerida por canalhas e repense seus conceitos sobre este emprego, veja se esse tipo de conduta sócio comercial vai de encontro aos seus princípios éticos e morais e se é isso que você quer ser quando crescer profissionalmente.
 
Se você é advogado e trabalha ou presta serviços a esta máfia, repense seus princípios e conceitos que levaram a sua formação e peça desculpas aos seus colegas de profissão por você estar do lado errado da justiça.
 
Se você é parceiro, fornecedor, colaborador ou prestador de serviços, repense também, devemos sempre saber com quem caminhamos em nossa jornada.
 
Se você compra na fnac e tem orgulho de pagar preços abusivos apenas por status, saiba que seu dinheiro serve para fomentar a corrupção e destruir vidas honestas e simples de coração. Caso você esteja certo de que seu dinheiro é honesto, diga NÃO a está organização de famigerados predadores que considera o povo brasileiro inferior e que serve apenas para ser usado. Considere que o vencedor do concurso por eles promovido não é um cliente poderoso que deixa fortunas em seu caixa, mas venceu pela criatividade. Será que eles acreditam que pobre não pode ser inteligente? Por isso montaram este circo todo para não pagar a quem não pertence à parcela mais favorecida economicamente e mora em um bairro distante da área central? Quem lhes deu o direito de segregar classes sociais em nosso país?Tudo que eles querem é nosso dinheiro, oferecendo em troca um atendimento péssimo, recebendo com descaso os que reclamam disso.
 
Seja humano, tenha orgulho e mostre a estes estúpidos que também somos evoluídos, que esta farsa toda seja desmontada, esta acusação absurda seja retida, clame comigo: JUSTIÇA.



Antonio Lopes
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