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Enquanto isso, o Jornal do Amapá denuncia que meninas de nove e dez anos estão sendo estupradas por garimpeiros, no Garimpo de Lourenço, no município de Calçoene. É o final do ciclo do ouro na região. Nos anos oitenta, o Garimpo foi uma das jóias da coroa do grupo empresarial de Eike Batista. A sua empresa, Novo Astro, arrancava até uma tonelada de ouro por mês. Quando o filão esgotou, em 1995, Eike Bastista levou as escavadeiras e deixou a miséria para trás. Quem quiser detalhes, é só ler a reportagem publicada em O Globo, em outubro do ano passado. Não há notícias de que Eike Batista tenha aplicado um mísero centavo para recuperar a região. Quanto mais construir uma escola para as crianças que, hoje, são estupradas.
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Eike Batista é um doador contumaz. Deve ser a sua maneira de conviver com a senda de ilegalidades que as suas empresas deixam para trás, por onde passam. Considerado o campeão dos crimes ecológicos e ambientais no Brasil, comprou elogios do ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, ao doar mais de R$ 11 milhões ao Ibama, sem ter pago, ainda, mais de R$ 30 milhões em multas.
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As empresas de Eike Batista são as maiores consumidoras de carvão vegetal no Brasil. A produção de carvão vegetal é uma das maiores empregadoras de mão-de-obra infantil, quase escrava, no Brasil. Não se tem notícia de que o empresário tenha doado um tostão furado para resolver este problema. As crianças carvoeiras não vão para a escola. Normalmente, vão para o hospital, com os pulmões dilacerados.