Caros amigos,
São estes os trabalhos acrescentados este mês:
Em Biografia, dois novos fragmentos
Fragmento 4 – Entrevista com Claudio
Nesta entrevista, realizada por um aluno, em 1995, Claudio fala sobre sua paixão pelos livros, sobre as primeiras leituras na biblioteca do pai, sobre a relação da literatura com o pensamento:
(...) "Eu estou escrevendo um texto ou lendo um texto, por exemplo, sobre o TEMPO. Aí, aquele texto libera alguma coisa sobre... "perambulação" − (sobre) como, por exemplo, Benjamin chama o flâneur. Aí, eu sou levado a ler Édipo em Colona... Eu sou forçado, ou seja, eu sou um leitor sem vontade − eu não tenho vontade própria! O texto me força me força a ler. E eu me sinto inteiramente livre, ou seja: eu acho que conquisto a minha liberdade exatamente porque eu me submeto à força que me impele a ler; e não por uma "escolha livre" da minha vontade − que eu acharia uma tolice".
Fragmento 5 – Sobre a morte de Gilles Deleuze
Texto escrito por Claudio para o Jornal do Brasil, a pedido do jornal, no dia da morte do filósofo francês.
Em Aulas
- 3 aulas em áudio
No total, estão disponíveis agora no site 5 aulas em áudio
- 1 aula transcrita
Esta aula – O corpo e o acontecimento – foi gravada na escola Senador Correia em 28 de março de 1989
"...Hoje ― não sei se eu conseguirei alcançar isso; vou tentar! ― eu vou começar a colocar vocês no que se chama ― TEORIA DO ACONTECIMENTO. Qualquer leitor, do Gilles Deleuze, por exemplo, verifica que a obra dele toda se sustenta no que eu estou chamando de teoria do acontecimento. Agora, ao colocar vocês dentro dessa teoria ― para vocês compreenderem mesmo o que é isso ― é uma batalha! Então... preparem-se pra batalha!"
Em Textos
Metáfora
O papel da metáfora. Só a boa metáfora pode dar ao estilo uma espécie de eternidade.
O estilo é uma questão de visão e não de técnica. A metáfora é a expressão privilegiada de uma visão profunda: que ultrapassa as aparências para atingir a essência das coisas. O repúdio ao realismo, à arte das notações, que se contenta em dar das coisas uma miserável relevância.
Em Filosofia e Amizade
Artaud, momo ou monstro? – Ana Kifer
Queria apresentar a hipótese que tomará Antonin Artaud como semblante, na história contemporânea da humanidade eurocêntrica, de uma monstruosidade que se estabelece no conflito e combate com a sociedade e com a vida. Na linhagem do que ele mesmo esboçou a respeito de Van Gogh o suicidado da sociedade (ARTAUD 1996).
O maravilhoso, o milagre e o prodígio de Ibsen – Uma aprendizagem de tradução - Karl Erik Schøllhammer
Em 2004 tive uma rica experiência de tradução da peça Casa de Boneca de Henrik Ibsen para uma encenação do diretor Aderbal Freire Filho com Ana Paula Arósio no papel principal de Nora. Já tinha traduzido algumas peças de Ibsen em colaboração com Fátima Saadi e esperava de novo o desafio da precisão e economia da linguagem de Ibsen.
Sobre a reescritura.1ª parte: tipo, teoria – Marici Passini
O objeto deste estudo - a reescritura - é um conceito tão distendido, tão vago, onde cabem tantos procedimentos diversos, que quase poderia ser posto de lado, diluído na sua própria amplitude - como uma idéia sobrecarregada que apaga a si mesma; uma idéia em branco. Aferramo-nos a ele, no entanto, porque nos parece possível perceber no seu interior um ponto de partida singular para uma reflexão sobre a criação literária e a poética.
Do amor – Paulinho Moska
Não falo do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Duas mulheres – Romano, artista visual
Sobre a noção de problema – Tatiana Roque
Quem foi Napoleão?
Na equação 3x+3=3 determine o valor de x.
Os casos acima são exemplos, respectivamente, de uma pergunta e de um problema. Freqüentemente, encontramos questões deste tipo em provas e exames. O traço que estes exemplos possuem em comum está no fato de que a resposta à pergunta, ou a solução do problema, preexistem à pergunta, ou ao problema.
Em Filosofia e Cinema
Estamos iniciando uma coluna mensal – Plano Geral – escrita por Mariza Gualano. O texto deste mês é "Assim Estava Escrito – Linhas e entrelinhas de Hollywood".
Vincent Minnelli amava e odiava Hollywood. Ele não foi um dos rebeldes como Erich Von Stroheim. Adaptou-se ao sistema e à disciplina dos estúdios, e conseguiu desabrochar como cineasta. Os inúmeros musicais que dirigiu, como Gigi, A Roda da Fortuna e outros, alcançaram um sucesso estrondoso. Seu nome era associado à eficiência e ao bom gosto, mas nem por isso poupou a poderosa indústria. Tudo de bom e de ruim que gira em torno de uma realização cinematográfica foi colocado em Assim Estava Escrito (The Bad and the Beautiful), filme dirigido por ele em 1952.
Centro de Estudos Claudio Ulpiano
www.claudioulpiano.org.br
- Jornal O Rebate