isso já ocorre largamente, como na pecuária, os resultados são formidáveis: o melhoramento genético de nossos rebanhos, iniciado há pouco mais de uma década, faz do Brasil não só o maior produtor de carne do mundo, mas também um grande exportador de animais vivos, em particular para a África e Venezuela, interessados em melhorar a qualidade de seus plantéis com um gado de qualidade e adaptado a condições de clima e terreno adversos. É preciso ampliar essa experiência para outros setores, agregar valor aos nossos produtos e torná-los mais competitivos. Em pesquisa elaborada pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil está na 64ª posição num ranking de 134 países. Uma das maneiras de reverter este quadro é criar instrumentos reguladores da relação entre academia e mercado, estimulando a integração entre desenvolvimento científico e tecnológico e a produção da inovação para o mercado interno e externo.
Iniciativas nesse sentido já estão na ordem do dia da Alerj, que, através do seu Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico Jornalista Roberto Marinho, recentemente discutiu o anteprojeto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia em parceria com a Faperj. A idéia é regulamentar no Estado a lei federal que prevê união de pesquisadores, empresas e poderes constituídos para desenvolver meios de fomentar o desenvolvimento tecnológico, criando normas adequadas e valor de mercado para os produtos fabricados em nosso Estado.
Sabemos, porém, que não bastam leis para que intenções se realizem. Para que avancemos nesse sentido, há de se buscar uma mudança de mentalidade de todos os agentes envolvidos. O setor produtivo e a inteligência científica devem caminhar juntos, como parceiros, onde um ajuda o outro. Ao Estado, cabe ser o fio indutor dessa boa parceria que gerará grandes frutos não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil.