Matar alguém está se tornando cada vez mais fácil, ainda mais quando falamos de pessoas que moram em bairros marginais, sem segurança e muito menos apoio do poder público.
Essa "doença" está se alastrando por toda região metropolitana de Porto Alegre. Além da capital, Viamão, Sapucaia, Esteio, Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Novo Hamburgo estão se tornando zonas de guerra, onde os alvos são cidadãos comuns, com ou sem envolvimento com a criminalidade.
Até quando os governos vão se omitir quanto a isso? Ninguém fala nada porque os maiores prejudicados são pobres? Pessoas do povo mas que, em muitos casos, são honestos e trabalhadores?
A violência de modo geral atingiu níveis alarmantes. As pessoas são assaltadas de noite, de tarde, de manhã, nos dias de semana, dos finais de semana, nos feriados. Carros são roubados em plena luz do dia porque os policiais simplesmente desapareceram das ruas.
Apenas em Porto Alegre existe um déficit de aproximadamente 1500 policiais militares. Se formos somar o que falta ainda na região metropolitana, estaremos frente a um número digno de uma final qualquer guerra civil.
Quando falta policiamento ostensivo, a bandidagem se sente à vontade para agir. Sempre foi assim e sempre vai ser. Só gostaríamos de saber quando a governadora vai convocar concurso público para o setor? Quando irá destinar recursos de monta para a segurança pública?
Usar a crise financeira do estado é fácil. E esconde a covardia de bater de frente com o problema. Quando o pedetista Ênio Bacci estava à frente da secretaria estadual de segurança pública as barreiras policiais davam uma impressão de segurança para a população. E pode ter certeza de que os maus intencionados também sentiram medo, pois via-se policias trabalhando nas ruas.
Complicado jogar toda a culpa na corporação da Brigada Militar, pois o trabalho que fazem com os baixos salários e material sucateado é digno dos mais louváveis comprimentos. Agora, falta o poder público assumir a sua parte e ajudar os nossos policiais militares a cumprir seu dever. Mas, para isso, é necessário vontade política e o governo (nao só o atual, pois o problema se arrasta há anos e mais anos) bater de frente contra a criminalidade.
(fonte Capital Gaucha)