Prefeitura do PT quer destruir 07 lares e mandar famílias para o olho da rua, sem direito a nada!
Há mais de 15 anos, no Bairro Rio Branco, em Venda Nova, 07 famílias
construíram suas casas em uma sobra de lote perto da Praça Diadema.
Nunca pediram nada para ninguém, o que conseguiram, cada tijolo, cada telha, cada ladrilho, foi resultado de muito suor.
E
eis que um agente da Prefeitura, no último dia 24 de abril, têm a
coragem de mandar as famílias saírem das casas, porque serão destruídas
para passar um pedaço de rua, e que as famílias teriam de sair até o
dia 26 de abril. Dois dias, anos de trabalho, e a Prefeitura quer que
estas famílias, em dois dias, saiam de suas casas, para destruí-las,
joga-las no chão, faze-las virar pó ...
É muita crueldade e
injustiça! Os burocratas em seus gabinetes, que sabem do problema há
quinze anos, ao invés de nesse tempo procurar as famílias, e
providenciar uma moradia digna para transferi-las para outras casas se
fosse imprescindível o tal pedaço de rua que liga nada a lugar algum,
têm a cara de pau de propor a estas famílias pagar aluguel, voltar para
a escravidão do aluguel!
E que aluguel é esse? O povo de Belo
Horizonte conhece essa trama. A Prefeitura faz contrato de um ano, e
depois manda as famílias para o olho da rua. E nem paga direito aos
donos das casas alugadas!
Será que em um ano uma família de
trabalhadores consegue comprar um lote e fazer uma casa? Porque então
os financiamentos normais vão de 10 a 15 anos?
Covarde, o agente
da Prefeitura ameaçou, mas uma jovem advogada do Núcleo dos Advogados
do Povo foi no fórum, e, pasmem, mesmo o processo concluso, NÃO EXISTE
ORDEM DE DESPEJO!
Se a Prefeitura que sabe do problema há 15
anos não tomou nenhuma providência, não construiu casas para estas
famílias, como agora quer que saiam das casas que construíram, para ir
morar de aluguel?
Conclamamos todos que lutam por justiça a se
somar a estas famílias, denunciar este crime e esta violência contra o
povo de Belo Horizonte. Conclamamos as organizações de direitos
humanos, o ministério público, as autoridades em geral, para intervirem
e impedirem esta crueldade!
Belo Horizonte, 25 de abril de 2007