De acordo com o diretor-geral do SFB, Tasso Azevedo, deixar de encaixar as florestas públicas em uma dessas categorias favorece a ocupação ilegal. Azevedo, entretanto, argumenta que houve avanços recentes.
Em 2007, quando foi iniciado o cadastro nacional, havia 29,2 milhões de hectares de florestas sem destinação. De lá para cá, uma área total de 3,2 milhões de hectares em torno da BR-319, no sul do Amazonas, e outra de 628 hectares, no Amapá, foram definidas como unidades de conservação.
O SFB mostra que, até agora, as florestas públicas cadastradas representam 25% do território do país --ou 210,7 milhões de hectares, uma área pouco maior que o território do México ou equivalente a quase quatro territórios da França.
No ano passado, as florestas cadastradas cobriam 23% do Brasil. O SFB estima que, quando o cadastro estiver completo, o total de florestas públicas no País chegará a 300 milhões de hectares --35% do país.
O cadastro foi criado para atender à Lei de Gestão de Florestas Públicas, de 2006. Segundo a legislação, o uso de florestas públicas federais só pode ocorrer quando elas estão cadastradas pelo governo e são monitoradas por satélite. Segundo Azevedo, até 2010, de 80% a 90% do levantamento já estará pronto.