Causa um “racha” na diretoria do Sindipetro-NF a decisão de “processar” o autor - não é citado o nome do jornalista - que, segundo a diretoria, cometeu “calúnias” contra o sindicato. Nota publicada no informativo sindical petroleiro Nascente sob o título ‘Em defesa do NF’ afirma que a diretoria decidiu processar o autor de calúnias proferidas contra o sindicato distribuídas através de e-mail e reproduzidas nos jornais eletrônicos locais “O Rebate on line” e “Cidadão Macaense”. De acordo com estes sites, a diretoria “repudiou” o fato de sua diretora cultural Conceição de Maria Rosa ter abandonado sua função para assumir o cargo de presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC) sem ter devolvido o celular que o sindicato havia lhe emprestado.
Ainda segundo os sites, a diretoria além “repudiar” o abandono de função praticado pela sindicalista, exigiu a entrega do celular do sindicato que ela se “esquecera” de devolver. De acordo com “O Rebate on line” e “Cidadão Macaense”, a diretoria do Sindipetro-NF também negou à presidente da FMC os empréstimos de dois computadores, considerando o “esquecimento” da devolução do celular e o pedido de empréstimo de computadores uma “desfaçatez” de sua afastada diretora cultural. Ela é petroleira e, embora não seja petista, foi indicada para o cargo por seu colega e edil, Maxwell Vaz (PT). Em recente reunião a portas fechadas, a diretoria do Sindipetro-NF manifestou uma espécie de “repúdio” à presidente da FMC e a seu padrinho político, o vereador do PT.
Esses fatos “vazaram” e foram veiculados pelos sites acima mencionados, obrigando a diretoria do Sindipetro-NF a emitir sob o título ‘Diretora do NF se licencia’ uma nota na edição do Nascente do dia 30 de agosto (quase dois meses depois dela abandonar sua função na diretoria). Na nota, a diretoria do Sindipetro-NF afirma que a liberação do pedido de licença da diretora foi feita pelo Executivo Macaense ao ministério das Minas e Energia. Já na edição de 06 de setembro do Nascente sob o título ‘Em defesa do NF’ a diretoria do Sindipetro-NF afirma “o limite da liberdade de expressão é a responsabilidade. A entidade lamenta esta atitude extrema (de‘processar’ sem citar quem), mas, no entanto, não poderia se omitir diante de tão impertinente ataque”.
A diretoria e a assessoria jurídica do Sindipetro-NF estão ‘rachadas’ em relação à decisão de ‘processar’ o não mencionado jornalista que teria proferido ‘calúnias’ contra o sindicato. Ainda não se sabe as opiniões dos profissionais do setor de imprensa onde uma jornalista é a presidente da Associação dos Trabalhadores em meios de Comunicação social de Macaé (ATRACOM). Parte da diretoria e da assessoria jurídica não concorda com a decisão de processar jornalista sem a devida justificativa. Caso o processo seja movido e eles sejam arrolados testemunhas, há disposição deles para contar toda a verdade. O uso da função de dirigente sindical como trampolim, não é novo. De 2003 a 2005, três diretores do Sindipetro-NF acumularam suas funções com os cargos de gerentes na Petrobrás.
*jornalista – é filiado a ATRACOM.