Apesar de hoje as religiões não mais se arriscarem a apontar uma data específica para o fim do mundo, seus líderes vivem a proclamar que Cristo muito em breve vem para arrebatar os seus escolhidos e levá-los para o céu. Não é por coincidência que muitos já usam adesivo estampado no carro, com a frase: Em caso de arrebatamento este veículo será desgovernado. Um determinado líder religioso apareceu de modo entusiástico na TV, pregando para uma multidão e dizendo que, no fim do mundo, Jesus virá com um anjo tocando uma trombeta – e cantarolava - anunciando a chegada de Jesus. E ele encenava gritando: “Olha lá, irmãos! Lá vem ele! Que alegria! Que glória!” Afirmava transparecendo com a maior certeza, quando na verdade ainda não sabemos como e quando na prática se dará este acontecimento.
Diante de tantas previsões não cumpridas, as pessoas já se encontram cansadas de crer que um dia o mundo possa acabar. Contudo, dois casos registrados na Bíblia proporcionam instrução para sabermos mais a respeito do assunto: o do dilúvio global, e o da destruição da cidade de Jerusalém. Quando o dilúvio foi decretado sobre a terra, Jeová disse: “Meu espírito não há de agir por tempo indefinido para com o homem, porquanto ele é carne, e seus dias hão de somar cento e vinte anos” (Gênesis 6: 3). Naquela época, a terra estava cheia de violência. Então, Deus proporcionou um período para que as pessoas mudassem o seu proceder mal, no entanto, não fizeram caso dos avisos de Noé, por isso foram destruídas sob as águas. Já os moradores da cidade de Jerusalém, também tiveram um prazo para se arrependerem. Como não fizeram caso do aviso divino, a cidade foi destruída quarenta anos depois da profecia. Cristo até fez um paralelo profético daqueles tempos com os últimos dias, por relatar que as pessoas iriam comer, beber, casar-se e dar-se em casamento, indicando que a humanidade não estaria atenta aos cumprimentos proféticos desse tempo do fim. É exatamente o que vemos acontecer hoje (Mat. 24: 27-39).
As Testemunhas de Jeová, reconhecidas “mundialmente” como grandes conhecedores da Bíblia, também caíram na armadilha de preverem o fim do mundo, vez após vez - com maior afinco – para os anos de 1914 e 1975. Contudo, um número considerável de testemunhas, venderam seus negócios, deixaram seus empregos, além de terem renunciado projetos pessoais, como intervenções cirúrgicas, para servirem onde houvesse mais necessidade. O Corpo Governante, o “Órgão Máximo” que exerce o comando mundial situado em Brooklin - EUA, até hoje, uma curiosidade que me aguça, não conseguiu explicar biblicamente, o motivo de suas profecias terem falhado. O livro intitulado, “Crise de Consciência”, (Editora Hagnus), publicado por um ex-membro deste corpo, Reymond Franz, que transitou por 40 anos nos pátios desta organização, faz revelações bombásticas com respeito às referidas previsões, entre outros assuntos.
Sofonias, profeta bíblico, alerta: "O Dia de Jeová está próximo e se apressa muitíssimo!” (Sof. 1:14) Realmente, hoje, a impressão que temos é que tudo se acelera muito rápido. O físico alemão W. o Schumann constatou que terra vem aumentando progressivamente as batidas de seu coração figurativo, como uma espécie de marca-passo, contribuindo para adiantar o tempo. Uma jornada de 24 horas é, na verdade, segundo sua pesquisa científica, somente de 16 horas. Se se configurar esta tese, um terço do nosso tempo já foi para o espaço.
Hubacuque, outro profeta do Verdadeiro Deus, que viveu nos dias que antecederam a destruição da cidade de Jerusalém, indagou a Jeová: “Até quando clamarei a ti por socorro contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça?” (Hab. 1: 2,3). Deus respondeu-lhe que a profecia seria para o tempo designado, ou seja, no tempo certo se cumpriria sem falta.
Todos os profetas e religiões que previram, fora da Bíblia, o fim do mundo, não receberam a autorização de Deus. Observem do seguinte relato bíblico: “Quando o profeta falar em nome de Jeová e a palavra não suceder nem se cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele.” (Deut.18:22). A base da explanação deste texto é uma prova de que as profecias editadas por homens não designados por Jeová sempre resultaram em desapontamento. Por esta razão, é preciso ter cuidado, porque os falsos profetas se apresentam de diversas formas para controlar os seus rebanhos. Alguns se intitulam como líderes, pastores, bispos, teólogos, etc. Já outros, se escondem por trás dos bastidores e apresentam as suas Religiões como sendo a ‘Única Organização de Deus’. É assim que eles vivem e sobrevivem: enganando e ludibriando a população que vive esfolada e empurrada de um lado para outro como ovelhas sem pastor, afirmando em seus púlpitos, todos vestidos à caráter, que eles tem de ter fé em seus sistemas denominacionais fracassados, caso contrário, fora deles, não há salvação “pra seu ninguém”. Ah! Se a vida eterna dependesse desses homens! Estaríamos ferrados! Ninguém se salvaria! E isso não é tudo, o pior é que não podemos contrariá-los. Ai daquele que ousadamente contestar o "discurso", ai daquele! Sairá debaixo de chicote, a começar pelos seus próprios pares.
Quando os discípulos indagaram a Jesus se era naquele período que o reino seria restabelecido em Israel, ele os exortou: “Não vos cabe obter conhecimento dos tempos e das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição.” (Atos 1: 6,7). Se o próprio Cristo não aceitou que seus discípulos especulassem sobre o assunto, que dizer daqueles que não foram comissionados por Deus? Uma coisa é certa: A Bíblia garante que o mundo não vai acabar. Eclesiastes 1:4 nos assegura: "Uma geração vai e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre.” Conforme este e outros relatos bíblicos, quem vai perecer são aqueles que enganam, trapaceiam o seu próximo e todos os incorrigíveis. A terra nunca será destruída, porque Deus a deu aos humanos para ser o seu eterno lar.
Portanto, assim como foi proporcionado um período de tempo para a cidade de Jerusalém, e para a geração dos dias de Noé, certamente Deus reservou um tempo específico para pôr fim a este sistema, e, perante as graves crises correntes, é possível estarmos vivendo nas proximidades do fim, porém, o dia e a hora, segundo as palavras de Cristo, somente o Pai sabe. (Mat. 24:36)
Sebastião Ramos, funcionário público federal. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.