Para se ter uma idéia dessa intervenção do governo de sílvio berlusconi o jornal folha de são paulo, edição de hoje, dia 3 de fevereiro, noticia que "o ex-militante aguarda agora a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que poderá ratificar o status de refugiado político ou ordenar sua extradição, como exige a Itália".
franco frattini, chanceler italiano, denunciou o ministro da Justiça do Brasil como alguém que vive ainda o tempo das guerrilhas e não raciocina no tempo das democracias. A itália obteve do parlamento da comunidade européia o direito de discutir o assunto, embora a comissão geral da União Européia tenha dito não a pedido semelhante por considerar que a questão é bilateral, ou seja, entre os dois países.
Nesse meio todo um deputado italiano com extensa folha corrida de crimes os mais variados, desde os organizados aos legalizados (bancos, empresas, latifúndios), discursou na câmara de seu país afirmando que o "o Brasil não é conhecido por seus juristas, mas por suas dançarinas".
No curso da histeria fascista do governo de berlusconi, nas acusações montadas e na condenação sem direito de defesa imposta a Battisti, prisão perpétua, o ministro gilmar mendes continua deitando falação sobre o assunto. Chegou, logo nos primeiros dias, a receber o embaixador da itália em seu gabinete. Entrou pela porta dos fundos e saiu pela porta dos fundos, numa estranha política de boa vizinhança de fundos entre o presidente da stf dantas corporation ltd e o governo italiano.
Para completar, contrariando decisão anterior da "empresa" o ministro césar peluzo, para quem o processo foi encaminhado, entendeu de abrir vistas ao governo italiano. Segundo gilmar a "corte" deve julgar a constitucionalidade da lei que dá ao Executivo –ministro da justiça – o direito de conceder o status de refugiado a alguém tornando nulo o processo de extradição. Já existe uma decisão em caso anterior em que essa constitucionalidade não foi questionada.
Se você perguntar a um coreano sobre automóvel ele vai dizer a você Hyundai. Se perguntar a um japonês ele vai dizer Honda. Se perguntar a um francês ele vai dizer Citroen. Se perguntar a um inglês ele vai estufar o peito e dizer Rolls Royce. Se perguntar a um norte-americano ele vai desfilar General Motors, Chrysler, Ford e outras menores. A um sueco ele vai falar da Volvo. A um alemão, da Mercedes. E assim por diante.
Se perguntar a um brasileiro sobre o assunto ele vai desfilar todas essas "marcas" e mostrar-se orgulhoso da indústria automobilística nacional que não tem nada de nacional. Mas tem boa parte das ações do Estado brasileiro.
Não faz tempos, antes de fhc – fernando henrique cardoso – podia-se estufar o peito com a EMBRAER – Empresa Brasileira de Aeronáutica –. Em pouco tempo desenvolveu tecnologias de ponta, conquistou mercado e em seguida foi privatizada na lógica perversa e entreguista da nova ordem política e econômica. Hoje não se vende um avião sem consultar o governo dos eua se pode ou não.
Especuladores detêm mais de 51% das ações preferenciais da PETROBRAS e as agências reguladoras, criação de fhc, ditam as políticas de entrega. No caso a responsável pelo setor está cuidando de entregar a maior parte do pré sal a empresas norte-americanas e britânicas, agora por sugestão de barak obama, presidente dos estados unidos e doublê de messias.
Toda a infra-estrutura econômica do Brasil está em mãos de grupos estrangeiros. A agricultura presa ao chamado agronegócio sob a batuta da monsanto e o latifúndio consolidado, inclusive com aval do general norte-americano comandante militar da Amazônia, no caso de Reserva Raposa do Sol.
Trabalho escravo à larga – o prefeito tucano de Unaí em Minas Gerais e chamado rei do feijão responde a crime por isso, mandou matar fiscais do Ministério do Trabalho –. Exportação de escravas brancas para a itália e espanha (a do rei "por que não te calas?") é um dos mais lucrativos "negócios" do dito mundo civilizado.
O processo de globalização transformou o Brasil num país sem rosto, sem face. Viramos uma colcha de retalhos.
A emenda constitucional que permitiu o ingresso de capitais estrangeiros nos setores de rádio e televisão oficializaram o que já corria por baixo dos panos. Os principais veículos de comunicação do País são controlados por grupos econômicos estrangeiros ou representam esses interesses e é fácil entender isso. Alienar cada vez mais o cidadão comum.
O episódio que destruiu a candidatura de Roseana Sarney a presidência em 2002 e vale até hoje o ódio de José Sarney a josé serra e a fhc – tucanos de um modo geral – mostra isso. A globo estava indo à falência por conta da globopar. O risco de um pedido de falência na justiça dos eua colocaria fim ao império da quadrilha marinho. Inventaram Roseana depois que fhc recusou o pedido de 250 milhões de dólares para salvar a globopar e quando a moça estava lá em cima um acordo levou-a para o fundo do poço. A rede transmitiu a operação "secreta" da Polícia Federal em São Luís, nos escritórios do marido de Roseana. Arranjou os 250 milhões e exigiu do governo tucano a aprovação da emenda que permitia a entrada de recursos estrangeiros até o limite de 33%.
Esse percentual não torna o seu detentor, ou seus detentores, em donos nominais da casa. Mas em donos reais. Basta que o dono nominal, o dos 67% restantes não tenha um centavo para colocar no negócio. O dinheiro é do outro. Uma semana depois a globopar foi vendida ao grupo murdoch.
O que isso significa? Foi ratificado e acentuado o papel da mídia como um todo, a grande mídia, no processo de colonização do brasileiro. Alienação ampla, geral e irrestrita. Aquele negócio de levar a cachorrinha ao cabeleireiro de helicóptero para fugir do stress do trânsito.
A soma de tudo isso é que torna episódios como o do pedido de extradição de Cesare Battisti numa crise quase que institucional e pode chegar a isso. Governos sentem-se a vontade para intervir em negócios internos do Brasil. Afinal, desde os arranjos privatistas de fhc, que engessou o governo Lula (não soube procurar o ortopedista ou traumatologista certo para tirar o gesso), engessou o Brasil no modelo neoliberal, qualquer berlusconi da vida, fascista e bufão, sente-se no direito de mandar e desmandar e encontra aqui quem esteja ávido de prestar serviços a esse tipo de gente, caso de gilmar mendes. Faz parte do projeto 2010. O sonho é retornar com toda a quadrilha na pessoa de josé serra, governador de São Paulo e pilantra com pinta de série e de competente.
O caso Battisti diz respeito aos direitos humanos, à tradição da diplomacia brasileira de abrigar perseguidos políticos. Está fundamentado e bem fundamentado o ato do ministro Tarso Genro. Não há o que discutir no stf, pois decisões anteriores consagram o entendimento que a competência do ministro esgota o assunto.
Tudo o que acontece é o jogo de criminosos legais e criminosos organizados numa espécie de rifa do País. Estão vendendo e esperando o prêmio em 2010, pois o sorteio é fraudulento, eles mesmos querem ganhar.
A crise Brasil-itália só tem esse tamanho pela vocação anã das quadrilhas que controlam o Estado brasileiro, privatizado desde fhc. gilmar mendes é um funcionário graduado nessa história e adora holofotes para que pensem que é alguma coisa importante, como para segurar vantagens no que espera seja a vitória de serra em 2010.
Um jogo sórdido do qual os brasileiros estão excluídos.
Contentem-se com big brother, com william bonner mentindo diariamente no jornal nacional, com as novelas criando realidades artificiais, deliberadamente artificiais e tomem como modelo de vida ideal que tudo é permitido e tudo é normal em função dos senhores, qualquer que seja o tamanho das pastas desses senhores, ou das mesas de sinuca.
A série Homer Simpson deveria ser incluída nas escolas brasileiras, do primeiro ao terceiro graus para que todos tomassem conhecimento do conceito que os "donos" têm dos "escravos".
A decisão sobre Battisti vai ser uma tentativa de salvar a soberania nacional, o que resta ou cair de quatro e esperar as "tropas" de berlusconi.
Vão chegar com o tal agnelli da vale à frente e a turma toda (gilmar mendes, ermírio de moraes, a turma fiesp/daslu, serra, fhc, aécio, etc) vai virar barão, visconde, conde, marquês ou duque, dependendo do grau de subserviência e da competência em ser subserviente.
Na segunda-feira dia 2 o crime legalizado elegeu Élcio Álvares, presidente da assembléia legislativa do extinto Espírito Santo, hoje estado vale/aracruz/samarco/cst. Uma associação do crime legalizado com o crime organizado numa só pessoa. Foi por unanimidade, vale dizer, dois deputados estaduais do pt votaram nele.
Logo, a saída não está no institucional.