PERPETUANDO A MAIOR DE TODOS OS COSTAS E OS REIS...
A História de nossa região de Petróleo, Sol, Serras, Mares e Origens
nativas, perde a Abelha de todas as Rainhas dos Costas e dos Reis.
Dona Renê Costa Reis descansou de sua longa luta para continuar vivendo. Figura marcante na vida de Macaé, seus Distritos e Rio das Ostras, ela foi a filha temporão dos Costas e companheira do meu amigo de Faculdade de Direito, Sylvio Martins Reis. Seus pais, como os de Sylvio vieram do distante Portugal e aqui semearam toda a gama dos Costas e Reis que se espalharam em nossa comunidade.
Quem não convive ou conviveu com algum descendente destas duas raízes por certo ainda vai conviver e perguntará quem foi está linda senhora. Quem foi está verdadeira Abelha Rainha que sabia cativar a todos que dela se aproximava.
Dos sobrinhos, desde o simpático e simples Berebéu Costa até a alegre e cativante Roseana Reis, ela não conseguia mudar o sorriso de agrado e de acolhimento. Sempre bem com tudo e com todos, soube entender, na plenitude de sua sabedoria, a passagem do Movimento da Contra-cultura e das belezas puras do Movimento Hippies que cercou de carinho e afeto seus filhos e amigos.
Sua casa era "com certeza uma casa portuguesa" onde seus braços e seu olhar tímido preenchia vazios existentes em cada um que se aproximava e, sabia acalentar com poucas palavras tudo que o "olhar expressa" no sublime entendimento que poucas mães tiveram com seus filhos nestes anos de sofrimento e incompreensão do social.
Para Euzébio Costa Mello era Tia Renê, irmã mais nova de sua mãe. A irmã caçula que tinha sido criada com todo o mimo que existia na bucólica Macaé dos anos 20 e 30. Para Ronaldo e Levy Costa, meus colegas de colégio, era a tia jovem que mais parecia irmã. Dona Renê foi uma privilegiada ou seria os Costas os privilegiados? Ela por ter sido a Tia de todos eles, ou eles por terem sido os sobrinhos dela?
Convivi com esta dama. Fui amigo de seu companheiro Sylvio e amigo de seus filhos de Nato, Manel e Luiza.
Nos anos 90 a cidade de Rio das Ostras foi escolhida para que ela terminasse seus dias. Mais longe de suas origens na Bicuda, Cachoeira de Macaé e Bicuda Grande, mantinha sempre informações sobre a vida das comunidade, através de Tina, via Dodora ou mesmo pelos informes que lhes eram levados pelas centenas de sobrinhos netos e amigos.
Gostava se saber das novidades de Macaé, das Casas Antigas que ainda estavam conservadas e sorria quando lembrava das saudades que ficaram nas tardes noites macaenses dos passeios longos e alegres nas ruas empoeiradas. Revia as saídas do Cine Santa Izabel
e a barulheira das galeras dos anos 50 e 60 e fazia relatos mentais das suas saudades que, no fundo, é a saudade de todos que viveram nesta época de encantamento e sublimação.
O REBATE, como O SECULO ela vivenciou muito bem. Fizeram parte de sua existência e lazer. Soube transferir para seus filhos o desenvolvimento das artes e do amor ao próximo. A tristeza que sua ausência toma conta dos seus familiares se junta ao carinho que ela tinha como O REBATE e nos coloca no mesmo patamar das saudades...
Sylvio, Nato, Manel e Luiza recebam as condolências que sabemos ser de toda a comunidade da região de petróleo do RJ.
Por estar morando no sitio e pouco sair, soube deste acontecimento, hoje, pelo meu filho Luís Cláudio que foi informado por Denise, filha da saudosa professora dona Rosa...
(José Milbs editor e historiador )