Trabalhador macaense denuncia como sua jovem mulher grávida preste à dar a luz perdeu a vida por causa de negligências médicas!

Meu nome é Vitor Brandão Stephen, tenho 33 anos, macaense, morador Rua governador Roberto Silveira, a chamada Boa Vista, no centro da cidade. Descrevo o ocorrido com minha esposa (Danieli Gregorio Bandeira), que no ultimo sábado (dia 09-06-12) veio a falecer. Narro os fatos para que possa me entender. Minha Esposa Danieli, estava grávida, uma gravidez tranqüila como consta nos exames, com a pressão arterial normal e a criança muito bem, o médico que acompanhava a gestação dela foi Dr. RINALDO RAIMUNDO GONÇALVES DE SOUZA.
No dia 05-06-2012 minha esposa foi ate ao consultório para ser atendida pelo medico acompanhada pela minha sogra MARIA DA PENHA GREGORIO BANDEIRA, começou com a secretária não permitindo a entrada da (paciente)minha esposa, alegando que o medico estava de saída e não podia atender informando que tinha que sair do consultório, pois tinha compromissos.
Com insistência minha esposa esperou na porta do consultório e na saída do medico conseguiu falar com ele, porém a tentativa foi frustrada pelo Dr. RINALDO. Minha esposa pediu para que ele aferir a pressão arterial e o mesmo disse que não o faria, alegando que minha esposa estava bem e que tudo o que ela estava sentindo era normal (cansaço, fraqueza, inchaço, fumigação, etc).
Ela ainda insistiu falando que voltaria na parte da tarde e queria marcar para aquela semana o nascimento da nossa filha, o Dr. RINALDO com a educação que não sei onde adquiriu falou assim para a secretaria "é mole querem mandar mais do que eu que sou médico", com dores a minha esposa retornou para casa, indignada, triste e confusa sobre a escolha do médico.
No dia 09-06-2012, por volta das 06:00h da manhã acordou me chamando por duas vezes, e em seguida, não me reconheceu mais. Peguei meu telefone liguei para meu cunhado WALTER JUNIOR e falei o que estava acontecendo(corre Júnior sua irmã está passando mal), ele juntamente com minha sogra vieram prestar socorro, com muita pressa e seguirão para Hospital São João Batista (particular).
Chegando lá por volta da 06:20h, tiveram o desprazer de receber a noticia que o hospital não tinha nenhum médico de plantão e que levassem para outro hospital. Seguiram para a Clinica São Lucas e chegaram por volta da 06:30h, (escolhemos o hospital e a clinica por causa do plano de saúde). Para nossa tristeza de princípio o atendimento foi negado, mesmo com minha esposa apresentando um quadro muito grave de não conhecer seus familiares, com falta de ar e já delirando.
Talvez dê pra se imaginar como estávamos nesta altura, (nervosos, inquietos, apreensivos, angustiados) com isto, não conseguíamos encontrar a carteira do plano, mesmo assim eles não queria atender e nem ao menos acordar o medico de plantão Drª Roberta Salles. Sendo assim minha sogra avisou que a carteira do plano já estava a caminho, mesmo assim eles não quiseram atender, receberam mas nem puseram a mão.
O meu cunhado ligou para sua irmã Karoline Bandeira e recebeu uma orientação e o mesmo gritou que a clinica estava omitindo socorro. Foi então que o enfermeira depois de muito custo foram acordar a médica de plantão e o atendente fazer os procedimentos de ligar para o plano e receber a autorização. Depois de tudo isto a médica chegou com uma má vontade, que não dar para entender o porque que cursa medicina.
Medicaram-na pois a pressão arterial estava muito alta, tentaram entrar em contato com o Dr. RINALDO RAIMUNDO e não o encontraram. Quando eu cheguei à clinica recebi uma orientação/desabafo da médica,"que a clinica não tinha condições de salvar minha esposa, pois não tinha recursos (CTI disponível) e nem equipe médica naquele momento.
Fui orientado a levar minha esposa para o Hospital Público Municipal (HPM), perguntei cadê a ambulância: não tinha ambulância para fazer a remoção até o HPM. Fui orientado ainda pela médica acima a transferir minha esposa no meu carro particular. Chamei minha sogra e assumimos o risco e a responsabilidade de transferi-la para HPM no meu carro. Isto porque queria não somente minha filha como também minha esposa. Foi então que retiraram do soro com medicamentos e seguimos para o HPM.
Lá chegando tentamos explicar a situação para a médica de plantão, mas a mesma não queria saber o que estava acontecendo e não deixou ninguém entrar (nem mãe, nem marido, nem irmã). Então tentei falar com o médico da minha esposa o DR. RINALDO RAIMUNDO GONÇALVES DE SOUZA, e não consegui.
Liguei para o telefone da esposa dele que havia conseguido, entrei em contato naquele momento para tentar nos ajudar, a esposa dele me atendeu e disse que ele estava em congresso fora da cidade, pedi um outro telefone dele, e por várias vezes liguei e chamou, chamou e ninguém atendeu , até o presente momento ainda não retornou-me.
Concluo com o meu descontentamento, com a minha indignação pelo mal atendimento nos hospitais particulares de Macaé. A negligência médica, a má vontade, a falta de amor ao próximo, ao ser humano, a vida, uma profissão tão bonita e tão respeitada onde fazem juramentos para salvar vidas e colocá-las em primeiro lugar.
Desejo que através desse veículo de comunicação tão respeitado e admirado, e pela dedicação do radialista Zezé Abreu tem com a sociedade macaense me ajude a desabafar e a denunciar esses acontecimentos que vem ocorrendo em nossa querida Macaé. Está sendo um momento muito difícil, delicado e fragilizado para todos nós, familiares e amigos, pois minha esposa era muito querida e amada.
No próximo dia 23 de Julho de 2012 iríamos completar um (01) ano de casamento, e no dia 15 de Junho de 2012, minha esposa completaria 32 anos de vida. Neste dia onde normalmente se comemora, faz festa, reuni amigos e familiares , dia de intensa felicidade, minha família está em LUTO, com grande tristeza pela perda, agora só nos resta a saudade, as boas lembranças e a responsabilidade e dedicação com o querido Daniel de 13 anos e a pequena Eliana de apenas alguns dias, filhos que minha esposa amava.
Agora sonhos, desejos, anseios e planos foram interrompidos. Vivíamos uma vida linda, felizes com a grávidez, com a casa nova, com a vida nova à dois, com uma família linda e dedicada, porém estou tendo que arrumar forças do Céu, me apegando à Deus, esperando o tempo minimizar a dor, pois essa está intensa demais, dói muito, mas tenho a esperança de que tudo vai dar certo.
Acredito o que aconteceu com minha esposa foi uma irresponsabilidade que não pode ficar impune, calados, tenho que fazer isso por ela e para que outras famílias não passem o que estou passando.
Esse momento onde tentamos ser forte para dá força para outras pessoas, tenho que seguir minha vida pois tenho duas crianças que depende de mim. Sei que onde ela estiver vai estar feliz por mim, pelo Daniel, pela Eliana e por toda nossa família e amigos.
Porque se teve erro de alguém, esse alguém tem que ser responsável, o que não pode é ficar impune, não vou me calar, por favor me ajude, e que a justiça seja feita.

Desde já agradeço pela compreensão.

 

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