Pensando na atual situação do nosso país, tento de alguma maneira
encontrar explicação do por que um país como o nosso, que tem tudo para
ser uma grande potência, está a tantos anos estagnado, comercialmente e
principalmente socialmente falando. Sabemos que a corrupção é um desses
motivos, problema esse que além de político é também uma questão muito
complexa, que envolve fatores culturais, religiosos e sociais, pois na
minha opinião, são os valores morais e individuais de cada um, que
conjuntamente formam esse sistema imoral, corrupto e anti-social.
Lembrei-me da História do Brasil, aquela que aprendemos na escola. Onde
retratam uma história duvidosa, que esconde as atrocidades que desde os
tempos do descobrimento assolam o nosso país. Resolvi então pesquisar o
que realmente vem acontecendo ao longo da nossa história. Nessa
pesquisa algo ficou muito claro, que o germinar de tudo isso começa em
1522... Então, convido o amigo leitor, através de um pequeno resumo,
sem “papas na língua”, a conhecer a verdadeira história tupiniquim.
Como eu não poderia começar a minha versão de maneira diferente... Vamos lá... Chegando de Portugal, grande navio, esquadra de Cabral. Gaspar de Lemos, Vaz de Caminha e tantos outros, que como dizem os livros, “descobriram o Brasil”. Terra essa já pertencente e habitada por nossos saudosos índios. Nostálgico recordo de nomes antigos, Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz. E todo o desmatamento insensato, a exploração colonialista das nossas riquezas naturais. O pau-brasil, a cana-de-açúcar, nossas tradicionais bananas, e tantas outras saborosas frutas, o valioso ouro, os diamantes, os metais, as pedras preciosas. O solo fértil, essa imensidão de terras e sua diversidade de climas.
O povo nativo, nada pode fazer... Violentaram nossas índias, escravizaram nossos índios...
Do Império à monarquia. Nessa época o que fizeram nossos líderes? Dom Pedro, Tomé de Souza, Mem de Sá. A triste escravidão, tráfico de seres humanos. Os senhores de engenho, os coronéis governadores. Empréstimos monetários, talvez o nascer da nossa dívida externa.
Já no século XVII, a imigração intensificou-se, formando aos poucos nossa bela e diversificada cultura.
A mistura de etnias, pessoas de diversos países. Hábitos, sonoridade dos diferentes sotaques, nossa culinária. Poeticamente chamo essa rica diversidade, “globalizada miscigenação”. Espanhóis, italianos, japoneses, portugueses, alemães, judeus, sírios e libaneses. Asiáticos, latinos, africanos, europeus. Pessoas de todos os lugares, dos quatro cantos do mundo, confluência de múltiplas diferenças.
Convivemos a muitas décadas com uma “hipócrita democracia”. Tantos presidentes, pouquíssimas boas lembranças. Entre tantos, Kubitschek, Getúlio, João Goulart. Vieram então os militares. O Estado Novo, e toda a sua obscura conspiração política. Castelo Branco, Geisel, Figueiredo. A doutrina de segurança nacional, homicídios, tortura, censura, repressão. Anos de chumbo, ditadura militar.
Tancredo Neves, eleito presidente do Brasil por um colégio eleitoral, mas não chegou a tomar posse do cargo. Até hoje prevalece a dúvida: naturalmente faleceu, ou fora politicamente assassinado?
Final dos anos 80, Fernando Collor, primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após o regime militar. Homem inteligente, aparentemente capaz. Mas... me recordo das... Privatizações das estatais, contas bloqueadas, mortes, esquema "PC.", caras pintadas, e o inesquecível impeachment.
Após tanta insistência, acreditamos na pseudo “esquerda” e seu representante mor, aquele que eu mesmo acreditei que seria o melhor presidente da triste história desse país, afinal ele era um homem do povo, de origem humilde, ou seja, aquele que melhor conheceria as necessidades da sociedade brasileira, principalmente das classes mais humildes e necessitadas. Depositamos nele todas nossas esperanças. Falo do Sr. Exceletíssimo, Luiz Ignácio "Lula" da Silva. E como temos memória fraca, vamos juntos recordar de parte dos fatos que vieram à público envolvendo nosso atual presidente. Entre outros absurdos, impostos abusivos, gasoduto, máfia dos cupins, sanguessugas, mensalão, dossiês manipulados. Falcatruas, corrupção, enriquecimento ilícito...
Colônia, monarquia, república, democaracia, militarismo e presidencialismo, defino tudo isso, tentando de alguma maneira ser porta-voz da maioria de nós, brasileiros, envergonhados muitas vezes, injustiçados, indignados diante das barbáries, escândalos e tamanha impunidade, da omissão dos politizados, e tantas outras atrocidades sociais.
500 anos ficaram para trás... nosso Brasil... infelizmente... parece que nada mudou...
E nesta rápida viagem, percorrendo o papel, conduzindo frases e palavras através dessa longíqua história, chegamos aos tempos atuais...
O “Povo Tupiniquim”, continua tendo fé, lutando, batalhando, sonhando... acreditando... que dias melhores... virão... Que “Ordem e Progresso” deixe de ser apenas uma frase... escrita em nossa bandeira...
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